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    ANÁLISE

    Problema da Volks pode se repetir em outras marcas

    EDUARDO SODRÉ
    DE EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

    23/09/2015 02h00

    Julian Stratenschulte - 22.set.2015/AFP
    The logo of German car maker Volkswagen can be seen as dark clouds hang in the sky over a Volkswagen trader in Hanover, central Germany, on September 22, 2015. Share prices on the Frankfurt stock exchange fell more than 3.0 percent in midday trading on September 22, 2015, pushed down by index heavyweight Volkswagen, as it ploughed ever deeper into a pollution cheating scandal. AFP PHOTO / DPA / JULIAN STRATENSCHULTE +++ GERMANY OUT ORG XMIT: JST135
    Logo da Volkswagen e nuvens escuras no céu

    A Volkswagen tinha planos de consolidar-se como o maior grupo automotivo do planeta até 2018, superando a japonesa Toyota. A meta era factível, pois a empresa alemã havia fechado o 1° semestre de 2015 à frente. Agora, um escândalo muda tudo.

    Ao admitir que houve adulteração no software de carros a diesel vendidos nos EUA, a montadora colocou em risco sua credibilidade em um mercado que nunca a recebeu de braços abertos —é raro algum VW figurar entre os 30 carros mais vendidos por lá.

    O problema pode ser ainda maior: o grupo engloba 12 marcas mundo afora e existem outros países envolvidos. Mas, se eles se arriscaram tanto, o que garante que outras montadoras não cometeram erro semelhante?

    As regras não foram feitas apenas para a Volks. Hoje, há um alinhamento dos departamentos de engenharia, que recorrem aos mesmos fornecedores globais. Logo, não é difícil imaginar que outras empresas correm o risco de serem flagradas em alguma irregularidade semelhante.

    A evolução dos motores a diesel nas últimas duas décadas é notável, com grande redução nas emissões de poluentes e gás carbônico. o combustível também evoluiu, tornando-se menos agressivo ao ambiente.

    Contudo, as melhorias têm um limite ou exigem investimentos tão complexos que uma nova solução torna-se premente. Daí vem o salto dado pelos motores a gasolina, que se modernizam com a adoção do turbo e de sistemas mais inteligentes de injeção, além da atuação em conjunto com propulsores elétricos.

    Mas as exigências para homologação ficam cada vez mais severas, sem considerar crises ou aumento de custos —e é assim que deve ser.

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