Quem utiliza bicicletas compartilhadas no Chile ou na Argentina tem grande chance de usar um serviço brasileiro. Parceiros desde 2011, Itaú e Serttel estão levando sistemas de bicicletas para outros países da América Latina, mas em operações separadas.

No Chile, a filial local do banco criou o Bíci Santiago em 2013, que terá 205 estações até outubro. "O projeto vai até 2025 e inclui outras cidades do país. Neste ano, manteremos o fico em Santiago", conta Jaime Uribe, gerente de marketing do Itaú no Chile.

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Fornecidas por uma empresa americana, os veículos usados no Chile possuem chip rastreador, freio a disco e lanterna de LED, tecnologias que ainda não chegaram às bikes públicas brasileiras.

Em Buenos Aires, o banco empresta bicicletas em um ponto no bairro Recoleta, num serviço voltado a turistas, desde 2013. "Por ano, 5.000 pessoas usam o serviço, sendo 30% brasileiros", diz Sebastian Lutz, gerente de comunicação do Itaú Argentina.

Na mesma cidade, o sistema Eco Bici é operado pela Serttel desde o começo do ano. A empresa também opera o serviço em Rosário e planeja disputar licitações em países como Uruguai, Colômbia e Peru.

Para enfrentar concorrentes americanos e europeus, a empresa com sede em Recife aposta na adaptação à realidade da América Latina, que permite oferecer custos menores.

"Nossa bicicleta é mais leve pois é feita de alumínio, que não enferruja, em vez de ferro, como é usado na Europa", conta Ângelo Leite, presidente da Serttel.

Outras especifidades locais são estações que podem ser instaladas com menos furos no asfalto, travas de segurança reforçadas e um sistema próprio, que permite a liberação da bike via aplicativo, ligação telefônica, sms ou cartão.

Para dar conta da demanda, a Serttel criou uma fábrica própria de bicicletas em São Paulo.

"Queremos ter mais tecnologias, mas de modo que caibam nos orçamentos locais", diz Ângelo.

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