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    Tesouro diz que sem receitas extras governo terá que fazer novos cortes

    FÁBIO MONTEIRO
    DE BRASÍLIA

    24/09/2015 13h09

    O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, disse nesta quinta-feira (24) que as projeções do governo para atingir a meta fiscal em 2015 podem ser revistas caso não existam condições de mercado para realizar as operações que envolvem a entrada de receitas extraordinárias.

    Entre essas operações estão a abertura de capital da Caixa Seguridade e do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), além de leilões na área de energia elétrica.

    "Se o mercado se mostrar não tão apto a esse tipo de operação, teremos que rever novamente nossas projeções e fazer o contingenciamento necessário para atingir a meta", disse.

    Saintive disse ainda que o rebaixamento da nota de crédito brasileira pela agência de classificação de risco Standard & Poor's não significa que outras agências seguirão o mesmo caminho.

    "Uma agência recentemente resolveu fazer uma avaliação (de rebaixamento) mas isso não significa que as outras farão. Tudo depende do nosso ajuste fiscal em curto prazo, mas também de uma demonstração de que temos um plano de longo prazo.", disse Saintive, em audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO), na Câmara dos Deputados.

    Ainda segundo o secretário, o grau de investimento é importante para atrair investimentos estrangeiros e que o Brasil precisa disso.

    Para o secretário do Tesouro, a arrecadação deste ano está enfrentando dificuldades por conta do cenário de incertezas que a economia brasileira atravessa. "O grau de incerteza está afetando muito a arrecadação tributária. Está afetando a decisão do empresário de investir e, consequentemente, arrecadar.

    A fala reverbera o discurso de ontem do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que disse que espera a estabilidade do dólar após o cenário de incertezas. Hoje a moeda norte-americana encostou em R$ 4,25

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