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    Chefe da Porsche se torna presidente da Volks após escândalo de poluentes

    DE SÃO PAULO

    25/09/2015 14h29

    A Volkswagen anunciou nesta sexta-feira (25) o diretor-executivo da Porsche, Matthias Müller, como novo presidente global da empresa. O anúncio confirma a expectativa do mercado.

    A marca de veículos esportivos é parte do grupo Volkswagen, que tenta se recuperar de um escândalo global de fraude de emissões de gases poluentes. A empresa afirmou que funcionários envolvidos no escândalo foram suspensos, mas não informou seus nomes.

    Müller, 62, substitui Martin Winterkorn —que renunciou na quarta-feira se responsabilizando pela fraude, porém dizendo que não sabia sobre ela.

    Em coletiva de imprensa na sede da empresa em Wolfsburg, Alemanha, o novo presidente da Volks afirmou que "a mesma coisa não pode acontecer nunca mais".

    "Nós vamos superar essa crise. Vamos emergir como uma companhia mais forte."

    Nascido na antiga Alemanha Oriental, Müller começou no grupo Volkswagen como aprendiz de ferramenteiro da Audi, em 1977. Formou-se em engenharia da computação e fez um percurso veloz no grupo.

    Trabalhou nas áreas de computação da Audi, no planejamento da Volkswagen e foi chefe de produto das marcas Audi e da Lamborghini e Seat. Em 2007, três anos antes de assumir a Porsche, foi nomeado como chefe de gestão de produto da Volkswagen.

    De acordo com informações do jornal "The New York Times", Bertold Huber, um líder sindical que faz parte da junta supervisora, que designou Müller para o cargo, afirmou na coletiva que o escândalo vivido pela companhia é "um desastre moral e político".

    Na terça-feira, a Volkswagen admitiu que cerca de 11 milhões de veículos de todo o mundo tinham sido equipados com o motor no qual as autoridades americanas identificaram um software capacitado para manipular os níveis de emissões, de modo que os resultados apresentados fossem diferentes do nível real de gases poluentes em circulação.

    O novo presidente terá que restaurar a confiança de consumidores e concessionários, que manifestaram descontentamento pela falta de informação sobre como serão afetados pelo escândalo.

    Winterkorn renunciou após o escândalo de fraude de emissão de gases poluentes em veículos a diesel da Volkswagen. Ele foi o executivo mais bem pago de uma empresa do DAX 30, principal índice da Bolsa de Valores de Frankfurt, com 15,8 milhões de euros em 2014.

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