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    GM propõe novo 'lay-off' para 650 em São Caetano, diz sindicato

    CLAUDIA ROLLI
    DE SÃO PAULO

    28/09/2015 20h06

    Caio Guatelli/Folhapress
    08.02.2001 / São José dos Campos / Linha de montagem CKD,setor da General Motors que exporta veículos desmontantados para serem montados no país de destino (foto de peças que compoem o Chevrolet Corsa que será exportado para a Venezuela)/ foto Caio Guatelli
    Trabalhadores em fábrica da General Motors no Brasil

    A GM (General Motors) de São Caetano do Sul negocia novo "lay-off" (suspensão do contrato de trabalho) por três meses para 650 funcionários dessa unidade, segundo o sindicato dos metalúrgicos da cidade (filiado à Força Sindical).

    A suspensão está sendo negociada para evitar a demissão desses trabalhadores, diz Aparecido Inácio da Silva, presidente do sindicato.

    A proposta foi feita na segunda-feira (28), após o sindicato pedir "lay-off" de cinco meses para os funcionários considerados excedentes e a prorrogação do "lay-off" já em andamento para outro grupo de cerca de 900 empregados.

    De acordo com o sindicato, inicialmente as empresa pretendia dispensar 400 trabalhadores, e em seguida aumentou o número para 650.

    A montadora e o sindicato devem fechar acordo nesta terça-feira (29).

    "Não há mais espaço para armazenar novos carros. Os pátios da empresa estão lotados e as vendas continuam caindo. A empresa falava inicialmente em novo excedente de 400 e agora esse número já passou para 650. Toda a produção está parada a semana inteira. A empresa colocou 6.000 da produção em casa e fala em dispensar. Estamos negociando o lay-off para evitar demissões", diz o dirigente.

    A GM não comenta as negociações, mas confirmou, em nota, que concedeu "days off" para os funcionários de São Caetano do Sul e da unidade de Mogi das Cruzes no período de 28 de setembro a 2 de outubro.

    "A medida tem como intuito ajustar o volume de produção à atual demanda do mercado", informou a empresa.

    Editoria de arte/Folhapress

    VOLKS SÃO CARLOS

    Já na Volkswagen de São Carlos (SP), os trabalhadores aprovaram adesão ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego ), com redução de 20% da jornada de trabalho e dos salários em troca de estabilidade para os funcionários da fábrica.

    Metade da redução salarial será bancada pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), como prevê a lei que criou o PPE. Com isso, os salários serão diminuídos em 10% por um período de seis meses, que podem ser prorrogados por mais seis.

    Nem empresa nem sindicato divulgaram o número total de funcionários que terão salário e jornada reduzidos.

    O acordo vale por seis meses, a partir de 1º de outubro, e pode ser prorrogado por outros seis. Segue os mesmos moldes do aprovado pelos metalúrgicos da Volkswagen de São Bernardo do Campo.

    Segundo o sindicato de São Carlos, a redução salarial não incidirá nas férias nem sobre o 13º salário e está garantido o complemento, por parte da empresa, quando a compensação máxima paga pelo FAT -de R$ 900- não atingir a metade da redução salarial do trabalhador.

    No site do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e região, o presidente da entidade, Erick Silva, afirma que "no momento de crise quem paga o preço é sempre o trabalhador, agora que temos disponível a Medida Provisória do PPE, que garante o emprego, é um alívio, pois o que temos de mais importante é o trabalho e a renda".

    Em Taubaté, os funcionários devem fazer assembleia nesta terça-feira (29) para avaliar a mesma proposta de adesão ao PPE.

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