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    Zona portuária do Rio recebe mais R$ 1,5 bilhão do FGTS

    ITALO NOGUEIRA
    DE DO RIO

    29/09/2015 02h00

    Ana Carolina Fernandes/Folhapress
    Rio de Janeiro, Brasil 19 de junho de 2015. Revitalizacao da zona portuária. A cidade do Rio de Janeiro passa por diversas obras visando as Olimpíadas de 2016. Na foto, Vista do alto do Morro da Providência com o teleférico, e os predios amarelos da Cidade do Samba abaixo, na região portuária onde está sendo feito o Porto Maravilha. Foto: Ana Carolina Fernandes/ Folha Press EXCLUSIVO PARA O PROJETO TUDO SOBRE
    Zona portuária do Rio de Janeiro

    A Caixa Econômica Federal teve de aportar mais R$ 1,5 bilhão do FGTS no fundo imobiliário que custeia a revitalização da zona portuária do Rio, um dos principais projetos urbanísticos na cidade.

    O depósito foi feito para compensar o ritmo de venda dos títulos imobiliários da região, que ficou abaixo da expectativa do banco, e permitirá que o banco cumpra o cronograma de desembolso para as obras na região.

    VIA ACELERADA

    O projeto inicial era que a prefeitura negociasse os títulos diretamente no mercado, o que deixaria mais lenta a arrecadação para o projeto.

    A participação da Caixa, autorizada nos últimos dias de governo Lula, permitiu que as obras no porto do Rio fossem aceleradas.

    O fundo imobiliário da Caixa comprou em 2011 todos os 6,4 milhões de títulos que permitem a construção de edifícios com altura acima do permitido na região portuária —o chamado Cepac (certificado de potencial adicional construtivo).

    Na operação, também passou a ter direito sobre todas as terras públicas da área.

    O banco pagou inicialmente R$ 3,5 bilhões, com recursos do FGTS. Mas se comprometeu a custear toda as obras e serviços da região por 15 anos, de R$ 8 bilhões.

    Nesse período, o fundo renegociaria os títulos e os terrenos para superar o custo total. Agora, o prazo foi estendido para 25 anos.

    Mas, para manter o cronograma de desembolso, o FGTS teve de fazer um novo repasse ao fundo, em maio.

    "As expectativas em relação à velocidade de desenvolvimento no porto se frustraram. O ciclo do mercado imobiliário está muito diferente", disse Vitor Hugo Pinto, gerente nacional de fundos imobiliários da Caixa.

    O desembolso adicional para a prefeitura está condicionado à aprovação do plano de habitação social da região até novembro.

    De acordo com Pinto, o banco já negociou 35% dos títulos adquiridos há quatro anos. Quase a totalidade dos acordos preveem participação do fundo nos novos empreendimentos imobiliários.

    O retorno, nesse caso, só virá ao fim da venda das unidades. Apenas 9% dos títulos (564 mil) foram para o licenciamento de novos prédios até junho —o que indica que muitos ainda não saíram do papel. "Tudo isso tem um timing de maturação mais longo. Não dá para forçar a barra no investimento", declarou o gerente da Caixa.

    O gerente de fundos imobiliários da Caixa espera que a conclusão das obras, no fim de 2016, intensifique o interesse pela região.

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