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    Petrobras aumenta o preço da gasolina em 6% e o do diesel em 4%

    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA

    29/09/2015 22h40

    A Petrobras decidiu reajustar em 6% o preço da gasolina e em 4% o preço do diesel nas refinarias. O aumento vigorará a partir da zero hora desta quarta-feira (30).

    O preço nas bombas é livre e costuma ser reajustado à medida que o combustível com preço novo chegue aos postos.

    Em geral, segundo o sindicato dos postos de combustíveis, o aumento de preço para o consumidor tem sido um pouco menor que o das refinarias.

    A decisão foi tomada pela companhia na noite desta terça diante dos problemas de caixa da empresa após a forte alta do dólar nos últimos dias.

    A estatal informou o aumento por meio de comunicado.

    O reajuste é uma sinalização ao mercado de que a empresa, hoje comandada por Aldemir Bendine, tem autonomia para definir sua política de preços dos combustíveis.

    "Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS", diz o comunicado da empresa.

    Integrantes do governo disseram à Folha que o próprio Palácio do Planalto considerou inevitável o reajuste em função das dificuldades financeiras da empresa, fortemente impactada pela disparada recente do dólar, o que ampliou os já elevados níveis de endividamento da companhia.

    Em 10 de setembro, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota da Petrobras, tirando dela o selo de boa pagadora.

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    • PERGUNTAS E RESPOSTAS

    Os combustíveis vão ficar mais caros hoje?
    O preço nas bombas, que é livre, deverá ser reajustado à medida que novos estoques de combustível cheguem aos postos

    Por que a Petrobras elevou os preços? O reajuste de novembro não foi suficiente?
    Com a disparada do dólar, a estatal (que importa combustível) vem tendo prejuízos com a gasolina. Segundo cálculos do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), a diferença entre os preços praticados no país e a cotação internacional era de 5,8% no dia 23.

    Houve momentos em que esse cálculo foi favorável à Petrobras. Ela não podia segurar o preço dos combustíveis?
    Uma das dificuldades da empresa é que a sua dívida, já alta, vem sofrendo uma pressão ainda maior com a valorização do dólar, já que boa parte dela está cotada na moeda americana.

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