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    FGTS dará R$ 8,1 bi para Minha Casa, Minha Vida a fundo perdido

    EDUARDO CUCOLO
    DE BRASÍLIA

    07/10/2015 16h00

    Roberto Stuckert Filho/PR
    Presidenta Dilma Rousseff durante entrega das chaves de unidade habitacional à senhora Maria Rita Araújo da Silva e família, contemplada do Programa Minha Casa Minha Vida, dos Residenciais Santo Antônio e Amendoeira. (São Luís - MA, 10/08/2015) Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
    Dilma Rousseff durante evento do Minha Casa, Minha Vida; FGTS irá liberar fundos para programa

    O Conselho Curador do FGTS aprovou nesta quarta-feira (7) a liberação de R$ 8,1 bilhões para bancar o programa Minha Casa, Minha Vida.

    Na primeira reunião presidida pelo ministro Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência), foram liberados R$ 3,3 bilhões para 2015 e R$ 4,8 bilhões para 2016.

    O dinheiro vai para os beneficiários da faixa 1 do programa, a fundo perdido, ou seja, a União não irá reembolsar o FGTS por esses recursos.

    O governo já havia anunciado que buscaria dinheiro do FGTS para reduzir os gastos previstos no Orçamento de 2016 e decidiu também usar recursos do fundo para cobrir despesas deste ano.

    As construtoras têm reclamado de atrasos por parte do governo para tocar as obras. Os pagamentos para o programa habitacional caíram 28% entre janeiro e agosto deste ano em relação ao mesmo período do ano passado em termos reais (descontada a inflação), uma diferença de quase R$ 4 bilhões.

    O governo também pretende tirar outros R$ 6 bilhões do Sistema S, que reúne entidades como Sesi, Senai e Sebrae, mas vem enfrentando resistência de representantes do setor industrial.

    No caso do FGTS, representantes dos empregadores e trabalhadores se uniram ao governo para aprovar a mudança.

    Com o dinheiro que vai a fundo perdido, seria possível elevar a correção do FGTS de todos os trabalhadores. Proposta aprovada na Câmara em agosto eleva a remuneração de 3% ao ano + TR para 6,17% ao ano +TR. A diferença representaria um gasto de cerca de R$ 10 bilhões em relação ao saldo de 2014, segundo cálculos que faziam parte do projeto que tramita agora no Senado.

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