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    Banco menor oferece retorno mais alto para investimentos

    ANDERSON FIGO
    DANIELLE BRANT
    DE SÃO PAULO

    12/10/2015 02h00

    Planejar o futuro dos filhos pode ficar mais fácil se os pais conseguirem negociar taxas de retorno melhores para suas aplicações.

    Uma alternativa para isso é buscar instituições financeiras menores que, para atrair clientes e compensar o risco dos investidores, têm oferecido rendimentos que podem chegar a 116% do DI (taxa de empréstimo entre bancos) —retorno difícil de se encontrar em grandes bancos.

    Há ferramentas que ajudam o investidor a encontrar essas oportunidades.

    Calculadora da Fortuna - Qual aplicação rende mais?

    No início do mês, 12 bancos e financeiras lançaram o site Poupa Brasil. Nele, é possível pesquisar os títulos e comprar papéis de R$ 1.000 a R$ 100 mil sem a necessidade de passar por uma corretora. O investidor faz apenas uma transferência bancária para a instituição, afirma o CEO do site, Cláudio Ferro.

    Os títulos são RDBs (Recibos de Depósitos Bancários), bem parecidos com CDBs (Certificados de Depósitos Bancários). A diferença é que os primeiros não podem ser negociados e transferidos para outros investidores.

    Os prazos dos RDBs vão de 180 dias a quatro anos e as taxas de retorno podem variar de 105% a 116% do DI, de acordo com o tempo de duração do investimento.

    O investidor, no entanto, só terá a taxa de retorno prometida caso fique com o RDB até o vencimento. Se resgatar parcialmente o valor antes do prazo, o recurso retirado terá rendimento menor.

    "A aplicação em RDBs pode ser uma boa opção para o pequeno investidor, desde que ele não concentre as aplicações só nesse produto", afirma Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper.

    Segundo ele, esses investimentos concorrem com os títulos públicos do Tesouro Direto. "Uma opção seria diversificar a carteira também com títulos públicos e outros produtos de renda fixa para reduzir o risco", afirma.

    RISCOS

    Os títulos de bancos menores contam hoje com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) para aplicações de até R$ 250 mil –o valor é calculado por CPF e emissor.

    Com isso, o risco de quebra da instituição–e consequente prejuízo para o investidor– é praticamente descartado, segundo o planejador financeiro Roberto Seidel.

    "Para não ficar desprotegido, o investidor pode dividir o dinheiro em títulos de bancos diferentes e cujo valor somado ao rendimento que receberia não supere R$ 250 mil."

    É preciso, porém, ter o cuidado de confirmar se o banco ou financeira é associado ao FGC. A informação pode ser conferida no site do Fundo (www.fgc.org.br).

    PERSONALIZADO

    Se conseguir taxas melhores, o investidor pode alterar os parâmetros da calculadora elaborada pelo economista e professor da FGV Samy Dana. Basta clicar no botão "personalize sua simulação".

    É possível, assim, mudar a taxa de administração do investimento e taxa de retorno do CDB, além da projeção de inflação e da taxa de juros para o período considerado.

    Com uma aplicação inicial de R$ 1.000 e investimentos mensais de R$ 500 por dez anos, por exemplo, o investidor que conseguir negociar uma taxa de retorno de 101% do DI verá que a melhor opção será o título de banco, e não mais o Tesouro Selic.

    Folhainvest

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