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    Economistas veem inflação acima de 6% e queda de 1,2% do PIB em 2016

    DA REUTERS

    13/10/2015 09h39

    Marcelo Justo/Folhapress
    Projeções de economistas para PIB e inflação em 2015 e 2016 voltaram a piorar de forma generalizada
    Projeções de economistas para PIB e inflação em 2015 e 2016 voltaram a piorar de forma generalizada

    As projeções de economistas de instituições financeiras voltaram a piorar de forma generalizada, com as expectativas para a alta da inflação passando de 6% no próximo ano e a contração do PIB (Produto Interno Bruto) alcançando 1,2% em 2016. Já a indústria deve ter retração de 1%.

    As informações estão no boletim Focus, pesquisa realizada entre economistas e instituições financeiras divulgada semanalmente pelo Banco Central.

    As estimativas para o PIB pioraram novamente em meio ao cenário de forte crise econômica e política e deterioração da confiança. Agora, a expectativa é de contração de 1,20% em 2016, contra queda de 1% antes. Para este ano, a projeção de retração passou a 2,97%, ante recuo de 2,85% na pesquisa anterior.

    Isso diante da forte deterioração na expectativa para o desempenho da produção industrial em 2016, que passou a uma queda de 1% contra recuo de 0,29% no levantamento anterior. Para este ano a projeção para o setor é de contração de 7%, ante queda de 6,5%.

    A estimativa para a inflação em 2016 subiu pela 10ª semana seguida e agora é de 6,05%, ante 5,94% na pesquisa anterior, mostrando a dificuldade em controlar as expectativas. A meta para o ano que vem é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

    A pressão sobre a inflação no próximo ano vem da alta dos preços administrados, cuja expectativa subiu 0,27 ponto percentual, para 6,27%, e também do dólar, projetado agora em R$ 4,15 no final de 2016, contra R$ 4 na pesquisa anterior.

    Para 2015, o levantamento semanal mostrou alta de 9,70% do IPCA, ante 9,53% na semana anterior, com os preços administrados subindo 16%, ante previsão anterior de 15,55%. A projeção para o dólar ao final deste ano permaneceu em R$ 4.

    Em setembro, o IPCA subiu 0,54%, acelerando ante alta de 0,22% em agosto e chegando a 9,49% no acumulado em 12 meses.

    Em relação à política monetária, os especialistas consultados não alteraram sua visão de que a Selic vai encerrar este ano no atual patamar de 14,25%. Mas diante das pressões inflacionárias, elevaram a projeção para o final de 2016 para 12,63% na mediana das expectativas, contra 12,50% no levantamento anterior.

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