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    China cresce 6,9% no 3º trimestre, pior resultado desde 2009

    DE SÃO PAULO

    19/10/2015 00h16

    A economia da China cresceu 6,9% no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2014, informou o governo chinês nesta segunda-feira (19). É a menor taxa de expansão verificada desde o primeiro trimestre de 2009.

    O desempenho indica que as medidas de estímulo adotadas pelo governo nos últimos meses ainda não foram suficientes para reanimar a economia do país. A desaceleração vem sendo maior do que a esperada.

    Pequim trabalha para que a economia registre expansão de "cerca de" 7% em 2015.

    De janeiro a março, a alta no PIB (Produto Interno Bruto) foi de 7,3%. Nos dois trimestres seguintes, o aumento foi menor, de 7%.

    No mês passado, já diante de sinais de enfraquecimento da economia, um porta-voz do órgão de estatísticas chinês afirmou que uma alta de 6,5% ainda seria considerada como um desempenho dentro da meta.

    Apesar de decepcionante, o resultado foi ligeiramente melhor que o antecipado por economistas. As projeções apontavam para elevação de apenas 6,7% de julho a setembro, segundo o "Financial Times".

    Mesmo se a economia do país fechar o ano com o crescimento de 7%, o resultado ficará bem abaixo do verificado nos últimos anos. Em 2014, a economia cresceu 7,3%, o pior desempenho desde 1989 e abaixo da meta de 7,5% que havia sido fixada por Pequim.

    O FMI (Fundo Monetário Internacional) projeta alta de 6,8% no PIB chinês este ano. A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), de 6,7%.

    LOCOMOTIVA EM DESACELERAÇÃO - Economia chinesa cresceu 6,9% no terceiro trimestre (dados em %)

    A queda no crescimento da China ocorre num momento em que o país tenta migrar de um modelo econômico dirigido pela exportação para um voltado ao consumo interno.

    A transição vem sendo desafiadora. Os resultados fracos da indústria e o temor do estouro de uma bolha no mercado acionário têm forçado o governo chinês a agir.

    Os juros foram reduzidos. Houve diminuição nas exigências das taxas de reserva dos bancos para aumentar o volume de crédito na praça. O governo ainda intensificou os gastos públicos e forçou a desvalorização da moeda frente ao dólar.

    Para analistas, a queda das exportações nos últimos meses já indicava que a expansão do PIB seria menor do que a vista nos trimestres anteriores. Os embarques caíram 3,7% em setembro ante o mesmo período de 2014. Em agosto, a queda fora de 5,5%.

    Os resultados ruins são resultado do aumento dos custos no país, em especial da mão de obra, o que torna alguns produtos menos competitivos. Há ainda a menor demanda mundial, que reduz os pedidos.

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