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    o impeachment

    Dilma aposta em troca de ofertas com União Europeia até o fim de novembro

    LEANDRO COLON
    ENVIADO ESPECIAL A ESTOCOLMO

    19/10/2015 10h06 - Atualizado às 10h42

    A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (19) esperar que a troca de ofertas comerciais entre Mercosul e União Europeia ocorra até o final de novembro.

    A troca de propostas é o passo necessário e decisivo para um acordo de livre comércio entre os dois blocos.

    "Nós esperamos apresentar as ofertas comerciais do Mercosul com a UE na data acordada com a comissária para questões comerciais da UE, isto é, até o final de novembro, última semana de novembro", afirmou Dilma.

    Conforme a Folha antecipou, preocupado com o Tratado Transpacífico, representantes do Mercosul tentavam retomar as negociações com a UE para abrir seus mercados.

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    Em setembro, o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) também declarou à Folha que esperava que essa troca ocorresse já em outubro.

    A declaração de Dilma sobre os blocos econômicos foi dada durante entrevista coletiva após o comunicado conjunto feito por ela ao lado do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, em Estocolmo (Suécia), onde ela se encontra desde sábado (17) para encontro com autoridades e empresários locais.

    "Somos muito otimistas em relação a esse acordo. Do ponto de visto do Mercosul, está pronto para ser assinado, e acreditamos que, do ponto de vista da UE, os sinais também são bem positivos", disse a presidente.

    A presidente também afirmou, sobre a possibilidade de impeachment, que não acredita em ruptura institucional.

    A negociação de livre comércio entre Mercosul e UE se arrasta há mais de 15 anos. Em junho, durante visita à Bélgica, Dilma havia declarado que o Brasil estava pronto para acelerar a troca de ofertas em julho. Mas as conversas não avançaram neste sentido e estipulou-se o fim deste ano como limite para tanto.

    A oferta de cada bloco significa, em tese, o que cada um tem a oferecer em termos de tarifa zerada numa relação comercial entre eles. É a principal etapa para que um acordo seja selado.

    Ao lado de Dilma, o primeiro-ministro sueco evitou entrar em detalhes sobre o tema e apenas destacou que torce para que o acordo seja estabelecido o quanto antes. "A Suécia há muito tempo trabalha com sistema de comércios abertos", declarou.

    RISCO

    Na abertura do Fórum Empresarial Brasil-Suécia, Dilma também afirmou que o Brasil é uma alternativa segura para os investidores, apesar de o país ter sido rebaixado na última quinta-feira pela agência de classificação de risco Fitch.

    Segundo ela, o país trabalha para reequilibrar suas contas.

    "Nossa economia tem fundamentos sólidos e estamos trabalhando de maneira decidida para fortalecer sua saúde fiscal, retomando o equilíbrio, reduzindo a inflação, consolidando a estabilidade macroeconômica, para aumentar a confiança e garantir a retomada do crescimento", afirmou.

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