Marcelo Sayão - 2.out.2013/Efe | ||
Telefones públicos da Oi no RJ; empresa recebeu proposta de investidores russos |
-
-
Mercado
Monday, 29-Apr-2024 03:30:21 -03Letter One propõe injetar US$ 4 bi na Oi caso ocorra fusão com TIM
DE SÃO PAULO
26/10/2015 11h50 - Atualizado às 21h41
O grupo de investimentos Letter One, do bilionário russo Mikhail Fridman, pode aportar até US$ 4 bilhões (R$ 15,4 bilhões) na Oi para ajudar a viabilizar a combinação de negócios com a TIM Participações.
Segundo comunicado enviado ao mercado nesta segunda (26), a oferta foi recebida pelo banco BTG Pactual, contratado pela Oi para colocar o negócio de pé, e será analisada pela empresa.
A operadora de telefonia tenta promover a consolidação do setor no país desde o ano passado. Nos meses seguintes ao anúncio, porém, em agosto de 2014, a situação financeira da Oi se deteriorou, com a descoberta de uma dívida surpresa e a forte queda de seu valor de mercado.
A empresa terminou o primeiro semestre com dívida líquida de R$ 34,6 bilhões ao final do primeiro semestre e caixa de R$ 16,6 bilhões.
Por outro lado, a Telecom Italia, controladora da TIM, tem afirmado que a operação no Brasil é estratégica para a companhia. O presidente da companhia, Marco Patuano, disse à Folha em fevereiro que a fusão não fazia sentido naquele momento.
Nesta segunda, em comunicado, a TIM Participações afirmou que não tem nenhuma negociação em curso com o Letter One e a Oi.
A possibilidade de injeção de capitais na operadora –e uma eventual fusão– foi considerada positiva pela agência de classificação de risco Moody's. É improvável, no entanto, que o acordo se materialize no curto prazo, disse a agência, em nota. A Oi não informou o prazo de validade da proposta. "Uma fusão ofereceria redução de custos", disse a Moody's.
Para o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, a Oi precisa resolver questões regulatórias no país para que possa fechar negócio com a TIM. "E isso pode se resolver no ano que vem ou daqui a dez anos."
LETTER ONE
O Letter One, que tem sede em Luxemburgo, tinha US$ 25 bilhões sob gestão em dezembro do ano passado.
Mikhail Fridman, o presidente do grupo, tornou-se um dos homens mais ricos do mundo depois de vender sua participação na companhia petrolífera TNK-BP para a também russa Rosneft.
Em abril, o fundo anunciou que pretendia gastar até US$ 16 bilhões (R$ 61,7 bilhões) em aquisições no setor de telecomunicações.
Atualmente, o braço de investimentos em tecnologia do grupo, L1T, tem participação na holandesa VimpelCom e na empresa turca Turkcell.
Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br
Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.brPublicidade -