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    Dólar fecha em leve queda com atuação do BC ofuscando China

    DE SÃO PAULO

    10/11/2015 17h31

    Narong Sangnak/Efe
    Dólar fecha em leve queda com atuação do BC amenizando cautela com dados chineses
    Dólar fecha em leve queda com atuação do BC amenizando cautela com dados chineses

    O dólar fechou esta terça-feira (10) em leve queda, influenciado pela atuação mais intensa do Banco Central no câmbio, que amenizou parte da cautela gerada por dados negativos da economia chinesa.

    O dólar comercial, utilizado no comércio exterior, cedeu 0,23%, para R$ 3,792 na venda. Já o dólar à vista, referência no mercado financeiro, ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,02%, para R$ 3,788.

    Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar ganhou força apenas sobre 11. A divisa americana também subiu sobre seis das dez moedas globais mais importantes, como o euro.

    O Banco Central vendeu nesta sessão US$ 500 milhões com compromisso de recompra em 4 de abril e 5 de julho de 2016. Na semana passada, foram feitas duas operações neste valor, na terça (3) e na quinta (5).

    Os leilões fazem parte da estratégia do BC de fornecer recursos para a demanda sazonal de fim de ano, quando aumenta o valor enviado ao exterior para pagamento de dívidas e remessas de lucros, por exemplo. Normalmente, o BC intensifica essas operações em dezembro. Neste ano, os leilões começaram mais cedo.

    A autoridade também deu continuidade aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 595,3 milhões.

    No exterior, o índice de preços ao consumidor da China avançou 1,3% em outubro sobre o mesmo mês do ano passado, contra alta de 1,6% em setembro. A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 1,5%. Já o índice de preços ao produtor recuou 5,9% em outubro sobre um ano antes, mesma taxa de setembro e contra expectativa de queda de 5,8%.

    A piora em indicadores econômicos chineses tem elevado a preocupação do mercado com a crise global e reforçado a expectativa de que o governo da China deverá anunciar novas medidas de estímulo até o fim do ano para que o país consiga manter seu forte ritmo de crescimento.

    Wang Pei'an, vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar, afirmou nesta terça que a adoção da política de dois filhos na China deve impulsionar o crescimento econômico do país em cerca de 0,5 ponto percentual, como resultado de um aumento no tamanho da força de trabalho.

    No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos fecharam com sinais opostos na BM&FBovespa. O DI para janeiro de 2016 caiu de 14,238% para 14,235%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,660%, ante 15,720% na sessão anterior.

    AÇÕES

    O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou os mercados acionários dos Estados Unidos e da Europa e fechou esta terça-feira perto da estabilidade. O Ibovespa teve leve avanço de 0,03%, para 46.206 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4,7 bilhões —abaixo da média diária do mês, de R$ 6,6 bilhões, segundo dados da BM&FBovespa.

    O desempenho do Ibovespa foi contido pelas quedas das ações preferenciais (mais negociadas e sem direito a voto) da Vale e da Petrobras, de 1,32% e 0,39%, nesta ordem, para R$ 12,73 e R$ 7,61. Já os papéis ordinários dessas companhias, com direito a voto, perderam 0,39% e 0,65%, para R$ 15,38 e R$ 9,21, nesta ordem.

    Por outro lado, o avanço de 0,62% do Itaú, para R$ 27,59, compensou a perda da Petrobras e da Vale. Esta é a ação com maior peso dentro do Ibovespa. Outros bancos também subiram, como o Banco do Brasil (+0,88%).

    Folhainvest

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