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    Grupo protesta contra demissões da Usiminas em Cubatão

    DE SÃO PAULO

    11/11/2015 08h30

    Marcelo Prates - 07.fev.13/Jornal Hoje em Dia/Folhapress
    Produção de minério de ferro em mina da Vale em MG
    Produção de minério de ferro em MG

    Um grupo de funcionários e sindicalistas iniciou um protesto em frente à Usiminas, em Cubatão (SP) na manhã desta quarta-feira (11) contra a decisão da empresa de parar a produção de aço e demitir até 4.000 funcionários.

    A Polícia Militar informou que foi chamada por volta das 5h30 para conter manifestantes que impediam a entrada de funcionários no prédio e que foi preciso usar bombas de gás lacrimogêneo.

    Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos e Siderúrgicos de Santos e Região, após confronto com a polícia, os manifestantes saíram em passeata pelas ruas de Cubatão. Apesar dos incidentes, a usina siderúrgica opera normalmente.

    O ministro Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência) afirmou na tarde desta quarta (11) que o governo federal acompanha a situação da Usiminas e do setor "com muita preocupação".

    Ele disse que solicitou uma interrupção por um prazo de quatro meses das demissões anunciadas, mas disse que ainda não houve acordo com a empresa. "Vamos continuar dialogando para encontrar a melhor solução para a região, para o Estado e para o país".

    DEMISSÕES

    Maior produtora de aços planos do Brasil em capacidade instalada, a Usiminas anunciou no fim de outubro que vai desativar temporariamente atividades de produção de aço da usina de Cubatão, mantendo as de laminação. A empresa afirmou que tem intenção de cortar 2.000 funcionários diretos da usina e outros 2.000 terceirizados

    O presidente do sindicato, Florêncio Rezende de Sá, disse na terça (10) que haveria paralisação por tempo indeterminado e o movimento envolveria de 6.000 a 7.000 trabalhadores.

    Florêncio afirmou que a Usiminas ainda não começou a demitir funcionários ligados às atividades primárias da usina, pois eles têm estabilidade até 23 de dezembro. Mas ele comentou que a empresa já cortou cerca de 600 terceirizados da usina desde o anúncio de outubro.

    A empresa citou o cenário de fraqueza da economia e a deterioração dos preços da liga nos mercados internacionais. O anúncio veio no mesmo dia em que a empresa informou o quinto prejuízo trimestral consecutivo, entre os meses de julho a setembro deste ano.

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