João Carlos Di Genio, fundador da Unip e do Colégio Objetivo, o maior grupo privado brasileiro de capital fechado e que ainda 'resiste' ao assédio dos grupos estrangeiros, afirma que nem 20% dos seus alunos universitários são financiados pelo Fies.

"Começamos no ano passado. Mas existem escolas que trabalham com 40%, 60%. Sempre tive receio do Fies. Tem escola que tem R$ 1 bi para receber do MEC. Já acompanhei essas crises todas, não é novidade. Mas o Brasil é maior que a crise", diz.

Di Genio diz que a palavra-chave para o sucesso nas instituições superiores é "empregabilidade". O que os alunos procuram é colocação profissional, na sua opinião, exatamente o que afirma ser um diferencial da Unip.

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Ele está comemorando esse ano 50 anos de fundação do grupo, que informa possuir 890 mil alunos. O Objetivo, que nasceu como um cursinho quando ele ainda estudava medicina ("meu pai achou uma loucura, se recusou a emprestar dinheiro para o aluguel e ficou anos sem falar comigo"), teve entre seus sócios, no início, o médico Drauzio Varella, colunista da Folha. Segundo Di Genio, "foi ele que escolheu o nome".

Agora, Di Genio se prepara para a expandir seu grupo pela Mix TV (88 emissoras), da qual é proprietário e que alcança a maioria do território nacional. Mas ainda estuda o formato ideal.

Di Genio também possui a rede Rádio Mix, que atua no segmento jovem em 32 cidades do país. Ambos são baseados na sede da Unip, em São Paulo, na rua Vergueiro.

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Di Genio, que tem três filhos, entre 8 e 10 anos de idade, acompanha a educação no país há 50 anos e diz que vê como positiva a entrada de grupos estrangeiros.

Ele se sente ameaçado? "Não, não, eles têm me procurado, mas eu não achei vantajoso, para minha situação particular. Tive oferta de R$ 6 bi, R$ 7 bi, R$ 9 bi.... Eu acho que, se vender a Unip e o Objetivo, eu vou ficar um velhinho chato, sem ter o que fazer. Perguntei para o meu psiquiatra e ele me disse: 'Você quer morrer sentado em cima desse dinheiro?' ".

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