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    Brasileiros não apoiam CPMF, mostra pesquisa da Fiesp sugerida por Levy

    DE SÃO PAULO

    12/11/2015 15h53

    Pesquisa sobre a aprovação da CPMF (Contribuição sobre Movimentação Financeira) mostra que apenas 56% dos entrevistados conhecem o imposto. Dessa parcela, 86% declararam ser contra a volta do tributo, 11% das pessoas o aprovam e 3% não emitiram opinião.

    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sugeriu uma enquete e a Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) resolveu encomendar pesquisa junto à empresa Ideia Inteligência. Foram contatadas 20 mil pessoas, entre 7 e 8 de novembro, em 122 cidades brasileiras.

    A Fiesp, que é contrária à criação e ao aumento de impostos, diz defender interesses do setor produtivo e lançou a campanha "Não Vou Pagar o Pato", no dia 1º de outubro, que conta com quase um milhão de assinaturas, segundo a própria federação.

    Entre os que rejeitam a contribuição, 78% justificam sua posição por se tratar de "mais um imposto", 9% responderam não gostar da CPMF "porque ela alcança todo mundo", outros 5% porque "é fácil de recolher" e 3% "porque é transparente". Outros 5% não responderam qual o motivo de não gostarem do imposto.

    Pilar Olivares/Reuters
    Brazil's Finance Minister Joaquim Levy attends the Twenty years of the Concession Law meeting in Rio de Janeiro, Brazil, October 5, 2015. REUTERS/Pilar Olivares ORG XMIT: PON03
    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy

    SUGESTÃO DO MINISTRO

    O ministro Joaquim Levy (Fazenda) sugeriu na terça-feira (3) que as discussões sobre a volta da CPMF saíssem do Congresso e ganhassem as ruas.

    "Os jornais poderiam fazer uma enquete. Perguntar assim: o que você não gosta da CPMF? Você não gosta porque ela é transparente? Você não gosta porque ela é fácil de recolher? Você não gosta porque ela alcança todo mundo? "Ou porque é mais um imposto?", disse o ministro ao ser questionado se o governo ainda contava com o tributo para o Orçamento de 2016.

    Sobre essa última alternativa, o ministro disse que o governo precisa de mais receitas e que é necessário às pessoas ter realismo. Disse ainda que a CPMF "não é tão simpática" não vai resolver os problemas do Orçamento, mas que ela é parte da solução.

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