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    Petroleiros da Bacia de Campos encerram greve na Petrobras

    BRUNO VILLAS BÔAS
    DO RIO

    20/11/2015 13h17

    O Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense), que representa funcionários da Bacia de Campos, decidiu em assembleia nesta sexta-feira (20) terminar a greve iniciada em 1º de novembro.

    A Bacia de Campos é responsável por mais de 60% da produção de petróleo brasileira. Três dias atrás, a Petrobras informou que a greve dos petroleiros ainda afetava em 5% sua produção de petróleo.

    A greve foi iniciada em 29 de outubro por cinco sindicatos filiados à FNP (Federação Nacional dos Petroleiros). No dia 1º de novembro, 12 sindicatos filiados à FUP (Federação Única dos Petroleiros) também decidiram cruzar os braços.

    Inicialmente, os petroleiros protestavam contra o plano de negócios da companhia, que propõe corte de gastos e venda de R$ 15 bilhões em ativos até o fim do ano que vem.

    Em 13 de novembro, a FUP recomendou aos sindicatos o fim da paralisação após a Petrobras propor um reajuste de 9,53% nas tabelas salariais e pagar 50% dos dias em que os trabalhadores ficaram parados.

    Apesar de ligado à FUP, o sindicato responsável pela Bacia de Campos decidiu manter a paralisação para garantir o pagamento integral dos salários pelos dias não trabalhados durante a greve.

    Nesta sexta-feira, em assembleias realizadas simultaneamente nos municípios de Macaé e Campos dos Goytacazes, no Norte do Estado do Rio de Janeiro, o sindicato acabou aceitando a proposta da Petrobras.

    "A Petrobras reafirmou a posição dela [de pagar 50% dos dias], mas aceitou discutir nacionalmente até janeiro essa questão. Então, os 800 trabalhadores que participaram da assembleia votaram pelo fim da greve", disse Marcos Brêda, coordenador-geral do Sindipetro-NF.

    Na quinta-feira (19) foram os funcionários da Refinaria Gabriel Passos, em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, que também encerraram a greve.

    Dos 17 sindicatos, os 12 ligados à FUP terminaram a paralisação. Outros cinco sindicatos ligados à FNP permanecem em greve. Eles pedem um reajuste salarial de 18%.

    No auge das greves no início do mês, a produção de petróleo do país chegou a se reduzir em 273 mil barris, o equivalente 13% da produção nacional, segundo informou a Petrobras. Houve impacto também na produção de gás.

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