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    Dólar é cotado a R$ 3,70 após anúncio do PIB dos EUA; Bolsa cai com bancos

    DE SÃO PAULO

    24/11/2015 11h05

    O dólar se desvaloriza em relação ao real nesta terça-feira (24), acompanhando a queda da moeda americana no exterior. A baixa foi mantida após da divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos do terceiro trimestre de 2015 e em dia de volume reduzido. Já a Bolsa brasileira cai pressionada pelas ações de bancos, que têm o maior peso no principal índice do mercado acionário.

    Às 12h36, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha queda de 0,52%, para R$ 3,707. No horário, o dólar comercial, usado em transações de comércio exterior, tinha desvalorização de 0,77%, para R$ 3,706. Das 24 principais moedas estrangeiras, 19 ganhavam força em relação ao dólar no horário.

    Já o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, caía 0,95%, para 47.692 pontos, às 12h38. O índice era pressionado pela queda de mais de 1% dos papéis de bancos.

    Os investidores aguardavam a divulgação do PIB americano, que cresceu 2,1% no terceiro trimestre do ano, em linha com o centro das expectativas da agência internacional Bloomberg. Isso representa leve aumento em relação à primeira leitura, que foi de expansão de 1,5%.

    O dado representa uma desaceleração em relação ao crescimento de 3,9% da economia americana no segundo trimestre do ano. Apesar de a expansão ser menor, analistas afirmam que isso não deve ter impacto sobre a expectativa de aumento de juros nos EUA na próxima reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americana), em dezembro.

    A mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa de juros, mais atraentes que aplicações em mercados emergentes, considerados de maior risco, pressionando a cotação do dólar para cima. Os juros futuros nos EUA mostram chance de 74% de aumento da taxa de juros americana em dezembro. A expectativa é que a elevação seja gradual.

    O volume negociado no mercado cambial está baixo, com investidores já reduzindo suas operações antes do feriado de Ação de Graças nos EUA, na quinta-feira.

    Aqui, os investidores ficam atentos à votação no Congresso do Orçamento de 2016 e da mudança meta fiscal de 2015.

    O Banco Central também anunciou dois leilões extraordinários de linha de crédito, totalizando US$ 500 milhões, para aumentara liquidez em dólar. A operação, que não tem o objetivo de rolar contratos já existentes, acontecerá em duas etapas: entre 15h15 e 15h20 serão ofertados dólares com recompra em 2 de março de 2016; e entre 15h30 e 15h35, com recompra em 2 de junho de 2016.

    Além disso, a autoridade monetária deu continuidade nesta terça-feira a seus leilões diários de swaps cambiais (operação que equivale a uma venda futura de dólares).

    No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos não mostravam uma tendência definida na BM&FBovespa. O contrato de janeiro de 2016 operava estável em 14,170% às 12h42. Já o DI para janeiro de 2021 apontava taxa de 15,200%, ante 15,210% na sessão anterior.

    BOLSA

    O principal índice da Bolsa brasileira opera em queda nesta terça-feira, acompanhando o mau humor nos mercados acionários europeus, afetados por uma crise geopolítica entre Turquia e Rússia após a derrubada de uma avião militar russo perto da fronteira com a Síria.

    Contribui para a queda do Ibovespa a desvalorização das ações de bancos e da Vale. Às 12h43, os papéis do Itaú Unibanco tinham queda de 1,02%, enquanto as ações preferenciais do Bradesco caíam 1,85%.

    As ações da Vale têm nova queda nesta sessão e, às 12h43, os papéis preferenciais da mineradora perdiam 0,08%, para R$ 11,82, enquanto os ordinários sofriam valorização de 0,14%, para R$ 14,27.

    As ações da Petrobras sobem, apesar de a empresa ter informado perda de R$ 676 milhões com a empresa Sete Brasil, de sondas de perfuração. Às 12h44, as ações preferenciais da estatal —mais negociadas e sem direito a voto— subiam 2,47%, para R$ 8,28, enquanto as ordinárias —com direito a voto— tinham valorização de 3,65%, para R$ 10,21.

    Folhainvest

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