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    Dólar se mantém praticamente estável com feriado nos EUA; Bolsa sobe

    DE SÃO PAULO

    26/11/2015 18h07

    Andrew Magill/Flickr/Creative Commons
    Dia de Ação de Graças nos EUA reduz volume financeiro nos mercados de câmbio e ações brasileiros
    Dia de Ação de Graças nos EUA reduz volume financeiro nos mercados de câmbio e ações brasileiros

    O mercado financeiro enfrentou uma sessão de baixos volumes nesta quinta-feira (26) devido ao feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. O dólar ficou praticamente estável, após ter avançado mais de 1% na véspera, enquanto na Bolsa o principal índice de ações do país subiu, amparado na retomada dos papéis de bancos.

    Os investidores seguiram cautelosos após a prisão, na última quarta-feira (25), do líder do governo no Senado, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), e do presidente do banco BTG Pactual, André Esteves, no âmbito da operação Lava Jato da Polícia Federal.

    O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve leve desvalorização de 0,06%, para R$ 3,748 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, recuou 0,05%, para R$ 3,747. Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar subiu sobre 18, nesta quinta-feira.

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    NOTAS DE DÓLAR

    O Banco Central deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 587,3 milhões.

    As novas prisões da Lava Jato levantaram dúvidas sobre aprovações de medidas consideradas essenciais para que o país volte a equilibrar as contas públicas, além de terem gerado incertezas sobre o impacto de um possível colapso do BTG sobre o mercado financeiro. O banco é um dos principais gestores e custodiantes de fundos no país e é acionista em diversas empresas.

    No mercado de juros futuros, os principais contratos acompanharam o cenário de cautela e fecharam majoritariamente em alta na BM&FBovespa. O DI para janeiro de 2016 caiu de 14,164% para 14,153%, enquanto o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,620%, ante 15,510% na sessão anterior.

    O movimento dos contratos ocorreu um dia após o Banco Central ter mantido inalterada a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. A manutenção do patamar foi defendida por seis integrantes da autoridade monetária, enquanto dois votaram a favor de aumento de 0,50 ponto percentual, no primeiro dissenso desde outubro do ano passado.

    AÇÕES EM ALTA

    O principal índice da Bolsa brasileira devolveu parte da queda de quase 3% registrada na véspera e fechou em alta nesta quinta-feira, amparado pelo bom desempenho das ações de bancos.

    O Ibovespa teve valorização de 0,60%, para 47.145 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4 bilhões —bem abaixo da média diária do ano, de R$ 6,8 bilhões, segundo a BM&FBovespa—, prejudicado pelo feriado americano.

    Entre as ações de bancos, setor com a maior participação dentro do índice, o Itaú subiu 1,47%, para R$ 28,32, enquanto o Bradesco avançou 2,19%, para R$ 22,37. Já o Banco do Brasil teve valorização de 2,59%, para R$ 17,85. Esses papéis perderam no mínimo 3% cada um na véspera.

    As ações preferenciais da Vale, mais negociadas e sem direito voto, subiram 0,51%, para R$ 11,76 cada uma. As ordinárias, com direito a voto, avançaram 0,92%, a R$ 14,19. A mineradora saiu do índice de sustentabilidade da BM&FBovespa, divulgado nesta sessão, após o rompimento de barragem da Samarco —mineradora controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton— em Mariana (MG).

    Os papéis preferenciais da Petrobras, que perderam mais de 7% na véspera, tiveram ligeira alta nesta sessão. Eles ganharam 0,25%, para R$ 7,92 cada um. Já os ordinários mostraram avanço de 0,41%, para R$ 9,70.

    Fora do Ibovespa, as units (conjuntos de ações) do banco BTG Pactual, que cederam 21,01% na véspera, fecharam esta sessão com perda de 2,87%, para R$ 23,70. As ações da rede de drogarias Brasil Pharma, cujo maior acionista é o BTG Pactual, tombaram 7,43%, para R$ 16,20 cada uma.

    Folhainvest

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