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Recomendação dos especialistas é reforças o fundo de reserva |
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Mercado
Sunday, 05-May-2024 11:09:03 -03Crise exige reserva para emergência de até seis meses de gastos fixos
DANIELLE BRANT
DE SÃO PAULO30/11/2015 02h00
O cenário econômico projetado para 2016 promete piora nas condições do mercado de trabalho e continuidade da inflação, corroendo a renda do trabalhador. E quem não tiver dinheiro para lidar com imprevistos, como a perda do emprego ou uma emergência familiar, poderá ter de encarar uma bola de neve crescente de dívidas.
A piora das perspectivas e o aumento das incertezas fizeram com que os brasileiros se programassem para poupar parte do 13º salário, de olho no futuro, ou utilizar o benefício para pagar dívidas, segundo dados da Delloite.
13º Salário/ Previdência Dinheiro extra na turbulência Dívida com juro alto deve ser paga antes Infeliz com plano pode fazer portabilidade Resgatar plano deve ser última opção Limites do INSS leva para plano privado Instabilidade deve continuar com recessão Para o químico Paulo Sergio Rodrigues, 52, foi a preocupação com os efeitos da inflação que despertou a vontade de criar um fundo de emergência. O 13º vai ajudá-lo a ganhar fôlego para fazer o ajuste. "Supermercado e combustível começaram a pesar muito nas contas", diz.
A recomendação dos especialistas é reforçar as reservas. Quem hoje guarda 5% do salário, por exemplo, pode tentar elevar para 10%.
FIM DE ANO MAGRO - Para onde vai o 13º salário? Em %
"O mínimo que deve ser economizado é 10% do que se ganha. Se o trabalhador não consegue guardar tanto, deve revisar seus gastos. Se houver aperto em um mês, é preciso compensar depois,guardando mais", afirma Michael Viriato, professor de finanças do Insper. "O 13º é justamente para compensar o que você não conseguiu guardar todos os meses."
Planeje-se para ter entre três e seis meses de salário poupados para eventuais imprevistos. " Suponha que você perca o emprego: sua renda para de entrar no mês seguinte e as despesas continuam chegando implacavelmente", diz a planejadora financeira Marcia Dessen.
Ela diz que a renda deve ser suficiente para sustentar a pessoa até que ela encontre um novo trabalho e se restabeleça financeiramente.
Quem quiser montar uma reserva de emergência, deve começar fazendo um raio-x de seus gastos, para identificar para onde o dinheiro está indo. Ao cortar despesas desnecessárias, sobrarão mais recursos mensalmente.
FIM DE ANO MAGRO - Maioria vai poupar ou pagar dívida com dinheiro do 13º salário
O ideal é fazer um aplicação que tenha resgate fácil. Uma opção é a poupança –o rendimento, porém, foi de só 6,62% neste ano, contra uma inflação de 8,52% do IPCA. Os CDBs e fundos, especialmente aqueles com taxa de administração baixa, rendem mais. Quem não tem disciplina, pode programar aplicação automática.
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ANO DIFÍCIL
Organize o orçamento familiar para elevar reservas em 2016
> NOME SUJO
Analise suas contas e verifique se tem débitos em atraso ou financiamentos com juros altos. As contas atrasadas podem ter provocado a inscrição de seu CPF em cadastros de restrição de crédito. É prudente fazer uma consulta para saber como está sua situação financeira
> PRIORIDADES
Utilize o valor do 13º, em primeiro lugar, para quitar as dívidas (veja dicas ao lado). Caso não tenha pendências financeiras, é hora de dar o segundo passo: organizar o orçamento familiar. Coloque todas as despesas na ponta do lápis e programe-se para poupar um pouco por mês. O ideal é reservar ao menos 10% de sua renda líquida
> CAIXA EMERGENCIAL
Para se proteger de imprevistos, como a perda do emprego em ano de crise, é preciso aumentar o esforço de poupança. O horizonte deve ser de três a seis meses de seu salário atual, o que permitiria manter o pagamento de suas despesas por algum tempo, enquanto procura um novo posto de trabalho
> APLICAÇÃO
Com o caixa reforçado, é possível pensar em fazer um investimento. Para escolher a aplicação, lembre-se de que, por serem recursos emergenciais, eles devem ser colocados em uma modalidade com liquidez –e que permita o resgate a qualquer momento, como poupança, CDB e Tesouro Direto
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