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Mercado
Saturday, 22-Jun-2024 07:41:52 -03Instabilidade de aplicações deve continuar com crise política e recessão
DANIELLE BRANT
ANDERSON FIGO
DE SÃO PAULO30/11/2015 02h00
A crise política não dá sinais de estabilização, a recessão vai entrar no segundo ano seguido e a novela do ajuste fiscal deve se arrastar por mais alguns meses. Com isso, os mercados de ações, câmbio de moedas e juros continuarão sofrendo forte instabilidade.
As incertezas devem seguir pressionando a cotação do dólar, restringindo ganhos na Bolsa e trazendo fortes emoções no mercado de juros.
Segundo projeções do boletim Focus, do Banco Central, a moeda americana encerrará 2016 em R$ 4,20.
13º Salário/ Previdência Dinheiro extra na turbulência Dívida com juro alto deve ser paga antes Infeliz com plano pode fazer portabilidade Resgatar plano deve ser última opção Limites do INSS leva para plano privado Instabilidade deve continuar com recessão Analistas preveem ainda que a taxa básica de juros (Selic) só deve começar a cair no segundo semestre, encerrando 2016 a 13,75% ao ano. Isso favorece as aplicações conservadoras com rentabilidade atrelada à Selic, como títulos públicos e fundos do tipo DI.
Papéis privados indexados ao CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, a taxa de empréstimos entre bancos) também devem se beneficiar nesse cenário, pois acompanham de perto o juro básico.
Por outro lado, a perspectiva de queda dos juros em algum momento torna os papéis prefixados com taxas elevadas mais atraentes devido à marcação a mercado –mecanismo de ajuste de preço em que o valor do título é atualizado pela diferença entre a taxa de juro atual e a acertada quando a dívida foi emitida.
Por outro lado, se os juros continuarem subindo, esses papéis sofrem perdas. Há risco de que isso ocorra se a inflação continuar acelerando.
A inflação deve seguir longe da meta do governo, que é de 4,5% ao ano com tolerância de dois pontos para cima ou para baixo. Isso corrói o ganho real do investidor e prejudica a aplicação na caderneta de poupança, que deve encerrar 2016 com rendimento abaixo do índice oficial de preços.
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APLICAÇÕES
Veja as perspectivas para os investimentos no próximo ano
> BOLSA
O mercado acionário seguirá instável, mas há espaço para reação para ações depreciadas. O investidor terá que garimpar empresas com boa gestão e de setores resistentes à crise
> DÓLAR
A valorização da moeda deve se manter com a perspectiva de aumento gradual nos juros americanos. A crise política e a recessão no Brasil também vão pressionar a cotação do dólar
> POUPANÇA
Evite! A caderneta continuará oferecendo um dos menores retornos ao investidor, podendo não cobrir nem a inflação
> TÍTULOS PÚBLICOS
Compre! Estes papéis seguirão se beneficiando dos juros elevados no país. Priorize pós-fixados, como o Tesouro Selic, que acompanha a taxa básica
> TÍTULOS PRIVADOS
CDB e letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) devem continuar favorecidos pela alta da taxa de juros do governo. Dívidas emitidas por empresas, especialmente as debêntures incentivadas (sem IR) deverão render acima dos títulos públicos
> FUNDOS
Os de renda fixa serão favorecidos pelos juros elevados –mas é preciso tomar cuidado com as taxas de administração. Já os multimercados com exposição a ativos no exterior podem se beneficiar da recuperação da economia dos EUA e da Europa. Os fundos de ações podem sofrer com a instabilidade da Bolsa
> IMÓVEIS
Preços podem seguir caindo, desvalorizando inclusive os fundos imobiliários. Comprar imóveis como investimento não é recomendado diante dos juros elevados no país
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