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    Crédito caro e atrasos prejudicam energias renováveis, diz CPFL

    DA REUTERS

    30/11/2015 14h49

    Danilo Verpa - 11.nov.2009/Folhapress
    ITABERA - SP - BR - 11.11.2009 - Torre de transmissao de energia proximo a estacao de Furnas na cidade de Itabera. Esta e uma das estacoes onde o problema do apagao pode ser sido causado. (Foto: Danilo Verpa/Folha Imagem, COTIDIANO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Torre de transmissão de energia próxima à estação de Furnas na cidade de Itaberá (SP)

    O atual cenário de crédito no Brasil, com falta de apetite dos bancos para emprestar e aumento do custo das operações, desafiam o setor de energias renováveis, no qual muitas empresas hoje enfrentam dificuldade para seguir com os investimentos, afirmou nesta segunda-feira o presidente da CPFL Renováveis, André Dorf, ao participar de evento em São Paulo.

    O executivo disse que os financiamentos chegam a registrar custo de CDI mais 5%, patamar visto por ele como muito elevado para o setor de infraestrutura.

    Esse cenário, segundo Dorf, cria desafios para empresas que não possuem grande solidez financeira, o que pode favorecer transações de fusões e aquisições, em um movimento de consolidação no mercado, ao qual a CPFL Renováveis está atenta para aproveitar eventuais oportunidades.

    Dorf também apontou preocupações do segmento de energia renovável com o constante atraso em linhas de transmissão, que tem levado algumas usinas a ficarem prontas, mas sem ter como escoar a energia, o que ele considera "o maior desafio" dos investidores em energia eólica no país.

    FRAGILIDADE

    O presidente da holding CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, concordou, ao dizer que o setor de transmissão de energia está com as empresas "muito fragilizadas", e lembrando dos resultados ruins dos últimos leilões para a concessão de linhas de transmissão, que tiveram predominância de lotes "vazios" –sem atrair interesse de investidores.

    A situação decorre, segundo ele, da falta de definição sobre como o governo federal quitará indenizações bilionárias prometidas às transmissoras ainda no final de 2012, em troca da renovação de contratos de concessão.

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