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    Shell mantém investimentos no Brasil mesmo com petróleo em baixa

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    02/12/2015 14h37

    Daniella Beccaria/Associated Press
    FILE - In this April 17, 2015 file photo, with the Olympic Mountains in the background, a small boat crosses in front of the Transocean Polar Pioneer, a semi-submersible drilling unit that Royal Dutch Shell leases from Transocean Ltd., as it arrives in Port Angeles, Wash., aboard a transport ship after traveling across the Pacific before its eventual Arctic destination. The U.S. government on Monday gave Shell the final permit it needs to drill for oil in the Arctic Ocean off Alaska's northwest coast for the first time in more than two decades. (Daniella Beccaria/seattlepi.com via AP, File) MAGS OUT; NO SALES; SEATTLE TIMES OUT; TV OUT; MANDATORY CREDIT ORG XMIT: WASEA301
    Unidade de perfuração da Shell nos Estados Unidos

    O presidente da Shell Brasil, André Araújo, disse nesta quarta-feira (2) que a empresa mantém o cronograma de investimentos em áreas de exploração e produção de petróleo no país, apesar da queda das cotações internacionais.

    No primeiro trimestre de 2016, a companhia pretende dar início à produção da terceira fase do projeto Parque das Conchas, que consiste em uma série de campos de petróleo no litoral do Espírito Santo.

    "Na área de exploração e produção, todos os nossos planos são para 20 ou 30 anos. Temos mantido todas as decisões estratégicas para início dos projetos, não alteramos nenhuma data chave", disse o executivo.

    A Shell é sócia da Petrobras na área de Libra, a primeira do pré-sal licitada sob o regime de partilha da produção. Este ano, a empresa anunciou fusão com a concorrente BG, argumentando interesse em ampliar sua presença no país.

    De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a Shell é a sexta maior produtora de petróleo no Brasil.

    Em setembro, a companhia obteve uma média de 39,3 mil barris de petróleo e 449 mil barris de gás natural por dia em suas operações brasileiras.

    A terceira fase do Parque das Conchas prevê a produção de até 30 mil barris de petróleo por dia, com a instalação de novos equipamentos. A Shell opera o projeto com 65% de participação e tem como parceiras Qatar e a ONGC.

    O projeto está sendo reavaliado pela ANP porque há um pedaço da jazida que se estende para fora da área de concessão e, portanto, pertence à União.

    Nesses casos, os concessionários precisam negociar com a Pré-Sal Petróleo SA (PPSA) um acordo de individualização da produção, que define qual o volume de petróleo ficará com cada parte interessada.

    De acordo com Araújo, o acordo já foi fechado e depende agora do aval da agência. Ele espera que a questão seja resolvida antes do início da produção na área.

    Araújo disse que a empresa mantém negociações com a Petrobras para ampliar parcerias, mas não quis comentar sobre o interesse em ativos que foram postos à venda pela estatal.

    "Vamos olhar as oportunidades que possam surgir, com clareza e transparência", desconversou.

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