Daniella Beccaria/Associated Press | ||
Unidade de perfuração da Shell nos Estados Unidos |
-
-
Mercado
Sunday, 19-May-2024 10:16:56 -03Shell mantém investimentos no Brasil mesmo com petróleo em baixa
NICOLA PAMPLONA
DO RIO02/12/2015 14h37
O presidente da Shell Brasil, André Araújo, disse nesta quarta-feira (2) que a empresa mantém o cronograma de investimentos em áreas de exploração e produção de petróleo no país, apesar da queda das cotações internacionais.
No primeiro trimestre de 2016, a companhia pretende dar início à produção da terceira fase do projeto Parque das Conchas, que consiste em uma série de campos de petróleo no litoral do Espírito Santo.
"Na área de exploração e produção, todos os nossos planos são para 20 ou 30 anos. Temos mantido todas as decisões estratégicas para início dos projetos, não alteramos nenhuma data chave", disse o executivo.
A Shell é sócia da Petrobras na área de Libra, a primeira do pré-sal licitada sob o regime de partilha da produção. Este ano, a empresa anunciou fusão com a concorrente BG, argumentando interesse em ampliar sua presença no país.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a Shell é a sexta maior produtora de petróleo no Brasil.
Em setembro, a companhia obteve uma média de 39,3 mil barris de petróleo e 449 mil barris de gás natural por dia em suas operações brasileiras.
A terceira fase do Parque das Conchas prevê a produção de até 30 mil barris de petróleo por dia, com a instalação de novos equipamentos. A Shell opera o projeto com 65% de participação e tem como parceiras Qatar e a ONGC.
O projeto está sendo reavaliado pela ANP porque há um pedaço da jazida que se estende para fora da área de concessão e, portanto, pertence à União.
Nesses casos, os concessionários precisam negociar com a Pré-Sal Petróleo SA (PPSA) um acordo de individualização da produção, que define qual o volume de petróleo ficará com cada parte interessada.
De acordo com Araújo, o acordo já foi fechado e depende agora do aval da agência. Ele espera que a questão seja resolvida antes do início da produção na área.
Araújo disse que a empresa mantém negociações com a Petrobras para ampliar parcerias, mas não quis comentar sobre o interesse em ativos que foram postos à venda pela estatal.
"Vamos olhar as oportunidades que possam surgir, com clareza e transparência", desconversou.
Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br
Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.brPublicidade -