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    Fazenda diz que manter selo de bom pagador requer sacrifícios

    EDUARDO CUCOLO
    DE BRASÍLIA

    10/12/2015 20h10

    Um dia após a agência Moody's colocar a nota do Brasil em observação para rebaixamento, o Ministério da Fazenda afirmou em nota que reequilibrar o Orçamento de 2016 vai exigir "sacrifícios", com cortes de despesas e aumento de tributos.

    Medidas nesse sentido já foram anunciadas e estão, em sua maioria, à espera de votação no Congresso.

    A Moody's rebaixou o país em agosto, colocando-o no último nível do grau de investimento -atestado de que é um bom pagador de suas dívidas. Agora, informou que irá em até três meses decidir se revisa ou não essa classificação.

    Jogo dos ratings das agências de risco

    Nesta quinta-feira (10), a Fazenda afirmou que "a opinião da agência remete às dificuldades oriundas do ambiente político e da capacidade do governo em implantar medidas para corrigir e executar políticas que levem a resultados fiscais consistentes com uma trajetória mais positiva de endividamento público."

    O ministério disse ainda que "o governo está engajado em atacar esses problemas".

    GRAU DE INVESTIMENTO
    Agências de risco avaliam o Brasil

    "Segundo a agência, destaca-se o círculo negativo envolvendo o ambiente político conturbado, que por sua vez impede o progresso da agenda positiva no legislativo, com impacto na economia como um todo", diz a Fazenda.

    Para o ministério comandado por Joaquim Levy, os problemas na área fiscal e a consequente piora do ambiente econômico impedem a retomada do investimento e do crescimento econômico.

    "É importante destacar que, uma vez dissipadas as incertezas quanto à trajetória fiscal, é esperado um aumento gradativo da confiança necessária à recuperação do investimento e ao crescimento econômico, com impactos positivos nos indicadores de emprego", diz o ministério.

    Rebaixamento próximo

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