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    Escolher uma franquia cara ou várias baratas é uma questão de perfil

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    14/12/2015 02h00

    Para um empresário com capital disponível e decidido a entrar no mercado de franquias, é melhor adquirir um negócio de alto valor ou vários de pequeno porte?

    Mais do que olhar o preço do investimento, é importante que o empreendedor escolha um ramo de atividade com o qual se identifique.

    Ter muito não significa ter de gastar muito, avaliam os operadores da franquia mais cara e da mais barata do Brasil, segundo levantamento da Associação Brasileira de Franchising, e especialistas do mercado consultados pela Folha.

    Comparativo da franquia mais cara com a mais barata -

    Também é essencial fazer uma conta básica, como explica a consultora Anna Vecchi: o valor pago para ter a franquia não deve superar 30% das reservas totais do empresário.

    Líder do ranking entre as mais caras, a rede de hotéis Accor licencia algumas de suas bandeiras, como Ibis e Mercure, por cerca de R$ 15 milhões -o valor inclui custos da construção do edifício nos moldes requisitados.

    Já no outro extremo, a Ahoba Viagens, empresa on-line de turismo, demanda R$ 1.600 de agentes de viagens associados à marca.

    "O modelo de franquias é ideal para amenizar o problema das distâncias, devido ao tamanho do Brasil", diz Eduardo Camargo, diretor de novos negócios da Accor.

    As franquias mais caras* -

    Paulo Roberto Caputo é franqueado da Accor desde 2008. Ele aponta dois fatores como as principais vantagens de entrar no negócio.

    "Comprar insumos e materiais em grande escala, já que a empresa negocia pela rede toda e figurar mais facilmente em mecanismos de compra e venda de pacotes, devido à força da bandeira são boas vantagens",diz ele.

    As franquias mais baratas -

    Para a Accor, o ideal é que o contato entre o interessado a ser franqueado e a rede comece na escolha do terreno, para adequar os projetos à filosofia da rede desde o início.

    ENTRADA

    Já a Ahoba Viagens não faz muitas exigências.

    O modelo University Agency, desenhado para ser porta de entrada no mercado para estudantes de turismo, não requer muito mais do que um computador com acesso à internet e horas de dedicação.

    "Dependendo da disponibilidade, o retorno do investimento vem em três meses", afirma Cláudia Del Valle, diretora executiva da companhia que já tem 70 franquias em pouco mais de um ano.

    "Hoje, as franquias representam 80% do faturamento, que dobrou por causa do modelo", diz Del Valle.

    Fernando Santiago adquiriu por R$ 3.000 uma modalidade um pouco mais cara da Ahoba Viagens,com ferramentas de busca por pacotes mais potentes.

    Contador, Santiago complementa sua renda com cerca de R$ 2.500 mensais com a franquia.

    Se há orçamento e afinidade com o ramo escolhido, concentrar o investimento ou pulverizá-lo em várias franquias é questão de perfil, diz a consultora de negócios Cláudia Bittencourt.

    Segundo ela, quem for diversificar deve optar por mais de um ponto do mesmo franqueador ou por franquias do mesmo ramo.

    "Isso porque os problemas e soluções costumam se repetir dentro da mesma área de atuação, o que permite ao empresário usar em um negócio a expertise que adquiriu no outro", explica a consultora.

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