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    Oi mantém BTG Pactual na condução de negociações para consolidar grupo

    DA REUTERS

    15/12/2015 12h34

    O grupo de telecomunicações Oi afirmou nesta terça-feira (15) que há outros interessados, além da russa LetterOne, em seu processo de consolidação no Brasil e que vai manter o mandato do banco BTG Pactual para conduzir as negociações.

    "Há outros investidores interessados. O concreto é o contrato com o LetterOne", disse o diretor de relações com investidores da Oi, Marcelo Ferreira, durante reunião com analistas e investidores. "Pode ser que outros atores entrem, mas tem que ter consentimento da Oi e LetterOne", disse ele sem dar detalhes sobre os outros possíveis interessados.

    Segundo Ferreira, a consolidação do setor é um caminho para reequilibrar o setor, que exige altos investimentos, principalmente na área de dados, e a competição forte que pressiona margens e retornos.

    "O mercado brasileiro caminha para isso (consolidação)", acrescentou, disse Ferreira.

    No final de outubro, a Oi e o fundo russo LetterOne acertaram negociações por sete meses para injeção de US$ 4 bilhões na empresa se ela conseguir viabilizar uma eventual fusão com a TIM Participações. A TIM é a segunda maior operadora de telefonia móvel do Brasil, mas tem pequena presença na telefonia fixa, que é o maior ativo da Oi.

    O executivo disse que o BTG Pactual permanece guiando os esforços de consolidação da Oi mesmo depois da prisão de André Esteves, ex-presidente do grupo financeiro. Segundo Ferreira, a prisão de Esteves acusado de interferir nas investigações da Lava Jato, não tem impacto relevante no processo.

    "O BTG não é o financiador do processo. O papel dele é buscar alternativas, fundos, players e continua hoje com este papel", disse Ferreira.

    O acordo com o LetterOne busca estruturar alguma operação para consolidação, afirmou Ferreira. "A consolidação é importante para reequilibrar o setor. Não temos preconceito em relação a qualquer tipo de transação", disse.

    O BTG é um dos acionistas da Oi por meio do Caravelas Fundo de Investimentos em Ações, que detém uma fatia de cerca de 7% no grupo de telecomunicações, de acordo com Ferreira.

    CRISE ECONÔMICA

    Durante a apresentação aos analistas e investidores, o executivo afirmou que a Oi tem tomado medidas de contenção de custos desde o início do ano, além de melhorias no processo de vendas, simplificação de oferta e aperto no processo de crédito.

    Segundo ele, estes fatores têm contribuído para que a Oi alcance metas de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2015 anunciadas no início do ano. A Oi estimou Ebitda "de rotina" no Brasil de entre R$ 7 bilhões e R$ 7,4 bilhões em 2015.

    A Oi encerrou o terceiro trimestre com cerca de R$ 16 bilhões em caixa, além de cerca de R$ 4 bilhões em financiamentos de curto prazo, que garantem o cumprimento dos compromissos de longo prazo da empresa e das iniciativas colocadas em prática em 2015, disse Ferreira.

    Segundo o diretor, a redução do endividamento da Oi, de R$ 37 bilhões ao final do terceiro trimestre, ocorrerá no médio prazo.

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