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    Com queda nas vendas, CSN estuda reduzir produção de aço

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    16/12/2015 18h35

    Antônio Gaudério - 8.set.2006/Folhapress
    ORG XMIT: 332301_1.tif Aciaria da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), onde é feita a transformação de ferro líquido em aço líquido, em Volta Redonda (RJ); a empresa tem projeto de novas usinas de placa voltadas para o mercado externo. Impulsionada pelo aquecimento da economia mundial, principalmente pela crescente demanda na China, a indústria de base brasileira vive um novo ciclo de investimentos, resultado da combinação dos altos preços dos produtos no mercado internacional e de uma maior capacidade de obter capital nos últimos anos. Somente no primeiro semestre, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou financiamento para 15 novos projetos de investimentos, que somam R$ 9,9 bilhões, nos setores de química, siderurgia, mineração e papel e celulose. (Volta Redonda, RJ, 08.09.2006. Foto de Antônio Gaudério/Folhapress)
    Aciaria da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda (RJ)

    A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) estuda paralisar as operações do alto-forno 2 da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ), em resposta à queda nas vendas de aço.

    O alto forno 2 é responsável por 30% da capacidade de produção da Usina Presidente Vargas, atualmente na casa dos 5,6 milhões de toneladas por ano. Os 70% restantes são produzidos no alto-forno 3.

    A CSN não quis comentar a informação, mas a Folha apurou que o plano de paralisação começou a ser estudado em meados do ano e ganhou força com a queda das vendas no segundo semestre.

    De acordo com dados do balanço da empresa, a usina produziu 3,2 milhões de toneladas de aço bruto nos primeiros nove meses de 2015, queda de 4% com relação ao mesmo período do ano passado.

    A retração, contudo, se acentuou no terceiro trimestre, quando a queda de vendas foi de 9%.

    Além de sofrer com a falta de clientes no país, a CSN vem perdendo fatia de mercado nos Estados Unidos para siderúrgicas chinesas, dizem fontes próximas à companhia.

    Com elevada dívida, a CSN teve prejuízo de R$ 754,7 milhões nos primeiros nove meses de 2015.

    A empresa é uma das únicas siderúrgicas brasileiras que ainda não anunciou paralisação de unidades e tem acumulado estoques diante da queda nas vendas.

    A última vez que paralisou um alto-forno foi em 2009, quando as vendas despencaram em consequência da crise financeira global.

    De acordo com o Instituto Aço Brasil (IABr), a produção nacional de aço bruto caiu 4,4% em novembro, na comparação com o mesmo período do ano anterior. As vendas internas tiveram retração de 18,3% no período.

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