• Mercado

    Saturday, 18-May-2024 05:15:19 -03

    Luiz Schymura é sondado para substituir Barbosa no Planejamento

    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    18/12/2015 15h29

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda) em entrevista coletiva
    Ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda) em entrevista coletiva

    A equipe da presidente Dilma sondou o economista Luiz Schymura, presidente do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV e ex-presidente da Anatel, para assumir um posto na nova equipe econômica. Nelson Barbosa vai substituir Joaquim Levy no ministério da Fazenda e deixar vaga sua cadeira no Planejamento.

    Segundo a Folha apurou, Schymura teria, numa primeira conversa, recusado o convite.

    O anúncio oficial ocorrerá nesta sexta-feira (18). A decisão foi apressada após Levy fazer um discurso de despedida em reunião interna no Ministério da Fazenda. Ele já havia combinado a saída com a presidente, mas ficaria de confirmar sua exoneração no início de janeiro.

    DESPEDIDA

    Levy divulgou nota afirmando que ele e a equipe fizeram o que foi proposto em janeiro, quando assumiu o cargo, pelo menos naquilo que dependia deles.

    MUDANÇA NA FAZENDA
    Barbosa substitui Levy no ministério
    Joaquim Levy

    No documento apresentado como balanço de fim de ano, em clima de despedida do governo, ele disse que chegou ao fim de 2015 preocupado com a situação do país, particularmente com a da economia. Além disso, os reflexos negativos da crise na atividade econômica e na geração de empregos poderão se estender por 2016.

    Ao falar sobre seu legado, disse que "o tempo saberá mostrar os resultados que se colherão de tudo que foi feito até agora" e responsabilizou a turbulência política pela maior parte da crise.

    "Seria uma injustiça comigo, com minha equipe e com a presidente Dilma Rousseff achar que o país enfrenta uma recessão pelo fato de termos proposto e, em alguma medida, já implementado um ajuste fiscal. Um ajuste pelo qual ela tem se empenhado", afirmou.

    As Derrotas de Levy

    "Boa parte da queda do PIB decorre de processos políticos, que tiveram importante impacto na economia, criando incerteza e multiplicidade de cenários que levaram à retração da atividade de empresas e indivíduos."

    Disse ainda que ninguém quer o impeachment primeira opção, "especialmente se o governo mostrar como serão as políticas econômicas nos próximos três anos."

    Levy afirmou que, ao contrário do que é muitas vezes sugerido, a agenda do ministério sempre foi muito além do ajuste fiscal, que não será suficiente para superar a crise atual, e que são necessárias reformas como a da Previdência Social. E defendeu que o governo deve seguir esse caminho e não o de relaxamento de restrições orçamentárias para tentar socorrer alguns setores econômicos.

    Por fim, repetiu a frase dita pela manhã em café com jornalistas de que "o país não pode ficar parado, porque, hoje, ficar parado é andar para trás."

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024