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    Planalto oficializa troca de comando na equipe econômica

    VALDO CRUZ
    FLÁVIA FOREQUE
    DE BRASÍLIA

    18/12/2015 18h30

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) falam sobre proposta de Orçamento para 2016, no Palácio do Planalto
    O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy e Nelson e o atual Nelson Barbosa

    O Palácio do Planalto divulgou nota oficial confirmando o nome de Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda e o de Valdir Simão para o Planejamento. No lugar de Simão, na Controladoria-Geral da União, assume interinamente Carlos Higino Ribeiro de Alencar, secretário-executivo da pasta.

    "A presidente agradece a dedicação do ministro Joaquim Levy, que teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica, e deseja muito sucesso nos seus desafios futuros", diz o documento.

    DESPEDIDA

    Levy divulgou nota afirmando que ele e a equipe fizeram o que foi proposto em janeiro, quando assumiu o cargo, pelo menos naquilo que dependia deles.

    MUDANÇA NA FAZENDA
    Barbosa substitui Levy no ministério
    Joaquim Levy

    No documento apresentado como balanço de fim de ano, em clima de despedida do governo, ele disse que chegou ao fim de 2015 preocupado com a situação do país, particularmente com a da economia. Além disso, os reflexos negativos da crise na atividade econômica e na geração de empregos poderão se estender por 2016.

    Ao falar sobre seu legado, disse que "o tempo saberá mostrar os resultados que se colherão de tudo que foi feito até agora" e responsabilizou a turbulência política pela maior parte da crise.

    "Seria uma injustiça comigo, com minha equipe e com a presidente Dilma Rousseff achar que o país enfrenta uma recessão pelo fato de termos proposto e, em alguma medida, já implementado um ajuste fiscal. Um ajuste pelo qual ela tem se empenhado", afirmou.

    As Derrotas de Levy

    "Boa parte da queda do PIB decorre de processos políticos, que tiveram importante impacto na economia, criando incerteza e multiplicidade de cenários que levaram à retração da atividade de empresas e indivíduos."

    Disse ainda que ninguém quer o impeachment primeira opção, "especialmente se o governo mostrar como serão as políticas econômicas nos próximos três anos."

    Levy afirmou que, ao contrário do que é muitas vezes sugerido, a agenda do ministério sempre foi muito além do ajuste fiscal, que não será suficiente para superar a crise atual, e que são necessárias reformas como a da Previdência Social. E defendeu que o governo deve seguir esse caminho e não o de relaxamento de restrições orçamentárias para tentar socorrer alguns setores econômicos.

    Por fim, repetiu a frase dita pela manhã em café com jornalistas de que "o país não pode ficar parado, porque, hoje, ficar parado é andar para trás."

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