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    o impeachment

    Mercado teme que Barbosa ceda a pressões para crescer a qualquer custo

    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    21/12/2015 14h33

    Alan Marques/Folhapress
    Anunciado como novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa concede entrevista coletiva no Palácio do Planalto
    O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, durante coletiva em Brasília

    O maior temor do mercado, com a nomeação de Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda, é a perda de um "contraponto" e "anteparo" a ideias "malucas" ou "extremas" caso a pressão sobre a presidente Dilma venha a aumentar na busca de fazer a economia voltar a crescer a qualquer custo.

    Esta é a avaliação de analistas e investidores que participaram da conferência por telefone feita pelo novo ministro da Fazenda nesta segunda-feira (21), das 12h às 13h, quando voltou a prometer que o governo não irá abandonar o ajuste fiscal e irá propor reformas estruturais, como a da Previdência, adiantando inclusive que deve ser proposta uma idade mínima para aposentadoria.

    MUDANÇA NA FAZENDA
    Barbosa substitui Levy no ministério
    Joaquim Levy e Nelson Barbosa

    Segundo analistas e investidores ouvidos pela Folha, o discurso de Nelson Barbosa foi "correto", "seguro" e "coerente" com a promessa de manter a busca pelo reequilíbrio das contas.

    O problema, dizem, é que, agora, com a saída de Joaquim Levy, o governo passa a não contar mais com uma voz na equipe econômica para servir de "contraponto e anteparo" a propostas que lembrem o modelo adotado no primeiro mandato da presidente Dilma.

    Um investidor destacou que, agora, restou a dupla Dilma Rousseff e Nelson Barbosa, duas pessoas que pensam de forma muito semelhante sobre política econômica, adeptas da filosofia da importância do Estado como indutor do crescimento econômico.

    Na avaliação de analistas, Nelson Barbosa ficará sempre sob suspeita, o que foi demonstrado hoje pela reação do mercado à sua fala. O dólar, cuja cotação estava colada em R$ 4, depois de sua conferência superou este patamar.

    Isto não significa, segundo eles, que ficará assim, podendo cair nos próximos dias ou mesmo ao longo desta segunda.

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