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    tragédia no rio doce

    BHP examina decisão judicial que bloqueia bens da empresa no Brasil

    DA AFP

    22/12/2015 10h06

    A BHP Billiton anunciou nesta terça-feira (22) que está revisando a decisão de um juiz de congelar seus ativos brasileiros para garantir a indenização pelo rompimento de uma barragem que provocou o maior desastre ambiental da história do Brasil.

    Na segunda-feira (21), a Vale, que também teve os bens bloqueados, anunciou que vai recorrer da decisão da justiça de bloquear seus bens e suspender as licenças de exploração.

    A anglo-americana BHP e a brasileira Vale são proprietárias em partes iguais da Samarco, 10ª exportadora do Brasil e responsável pela barragem de rejeitos de mineração que rompeu em 5 de novembro, provocando uma enxurrada de lama que soterrou o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais.

    "Estamos revisando a decisão e considerando as opções, incluindo os possíveis motivos para apelar", disse um porta-voz da BHP.

    A empresa informou que duas pessoas que trabalhavam para a BHP continuam desaparecidas.

    A medida cautelar determina que as empresas efetuem em 30 dias um depósito de R$ 2 bilhões, quantia que será utilizada na execução do plano de recuperação integral dos danos provocados pela tragédia.

    O juiz considerou que Vale e BHP são "corresponsáveis" pelas decisões tomadas pela Samarco e determinou a "indisponibilidade" de suas licenças para exploração.

    A mineradora informou que recorreu, junto com a Vale e a Samarco, a um escritório de advogados com sede em Nova York, Cleary, Gottlieb, Steen & Hamilton, para investigar a causa da ruptura da barragem.

    "A BHP Billiton se comprometeu em publicar os resultados da investigação externa", afirma a empresa em um comunicado.

    A torrente de lama e rejeitos de mineração percorreu mais de 650 km pelo rio, através dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e atingiu o Oceano Atlântico, afetando o ecossistema marinho.

    Serão necessários pelo menos 10 anos para a recuperação das condições básicas da bacia, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

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