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    Economistas preveem juros em 15,25% para o final de 2016

    DE SÃO PAULO

    28/12/2015 09h16

    Atualmente em 14,25%, a meta da taxa de juros Selic deve chegar a 15,25% no fechamento de 2016, segundo o centro (mediana) da previsão de economistas consultados pelo Banco Central.

    A informação consta na última edição do ano do boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pela instituição.

    Enquanto a maioria dos principais indicadores permaneceu estável, a previsão para os juros foi fortemente revisada desde a semana passada, quando se esperava uma meta da Selic de 14,75% para o período.

    É a sétima semana seguida em que os economistas ajustam para cima sua previsão para os juros de 2016.

    Indicadores do Boletim Focus

    A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle ou estimular a economia.

    Apesar da forte inflação, e da tendência de alta dos juros apontada pelos economistas, a ala petista do governo Dilma faz pressão para que os juros não subam no ano que vem.

    O plano do grupo é aumentar o centro da meta de inflação, atualmente de 4,5%, para evitar que o BC seja obrigado a subir os juros como forma de controlar o indicador.

    A proposta já circulou no primeiro mandato de Dilma, mas foi rejeitada.

    A meta é um patamar ideal apontado pelo Banco Central para a taxa. Com ela, a entidade indica ao mercado que atuará para abaixar ou elevar o indicador de forma a mantê-lo em torno do nível almejado.

    PIB, INFLAÇÃO E CÂMBIO

    A previsão de economistas para o PIB no fechamento de 2015 é de retração de 3,70%, a mesma da semana anterior.

    Para 2016 espera-se queda de 2,81%, leve piora ante o recuo de 2,80% da semana passada.

    A previsão para a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é de 10,72%, leve aumento frente os 10,70% previstos na semana anterior.

    A taxa é mais que o dobro do centro da meta estabelecida pelo governo.

    Para 2016 espera-se IPCA de 6,86%, leve recuo em relação aos 6,87% da semana anterior.

    As previsões para a taxa de câmbio foram mantidas em R$ 3,90 para o fechamento de 2015 e R$ 4,20 para o fim de 2016.

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