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    o impeachment

    Veja projeções para o mercado financeiro com Dilma ou Temer no poder

    GIULIANA VALLONE
    DANIELLE BRANT
    ANDERSON FIGO
    DE SÃO PAULO

    04/01/2016 02h00

    Se o cenário político agravou a crise econômica brasileira e tornou 2015 um ano difícil para investidores, a perspectiva é de um quadro ainda mais desafiador em 2016.

    Os últimos meses do ano foram marcados pela alta volatilidade no mercado financeiro. Bolsa e dólar tiveram fortes oscilações a cada sinal de avanço do impeachment da presidente Dilma Rousseff ou retrocesso no ajuste fiscal.

    E a imprevisibilidade deve continuar. Antes do recesso do Congresso, o governo conseguiu aprovar algumas medidas do ajuste, mas pontos importantes, como a volta da CPMF e novas reduções de incentivos fiscais, ainda estão travados no Legislativo.

    Além das incertezas sobre o ajuste, há o risco de a presidente Dilma Rousseff não encerrar o mandato –a previsão é que a abertura do processo de impeachment seja votada em março.

    Com este cenário, fica ainda mais difícil prever o desempenho das aplicações financeiras e, assim, escolher o melhor investimento para o ano. Uma coisa, no entanto, é certa, segundo analistas e economistas: os juros continuarão subindo, tornando a renda fixa ainda mais atraente.

    No mercado de ações, a tendência da Bolsa brasileira ainda está indefinida. Depois de acumular quedas nos últimos três anos, ela continua sujeita ao desenrolar da crise. E, em um cenário de juros em alta, precisaria ter desempenho positivo de ao menos 20% no ano para compensar o risco e atrair quem está apostando na renda fixa, dizem analistas.

    Eles apontam, no entanto, que ainda há boas oportunidades na Bolsa brasileira, desde que o investidor esteja disposto a garimpar ações de empresas em boas condições. "A nossa recomendação é para algumas empresas, não para a Bolsa", afirmou Andrew Campbell, estrategista-chefe da corretora do Credit Suisse, em almoço com jornalistas.

    Entre as opções que podem render retorno positivo, citou os papéis de BB Seguridade e Cielo, além de companhias que se beneficiaram da exposição ao dólar em 2015, como JBS, Minerva e Marfrig.

    CÂMBIO

    A atenção com a taxa de câmbio também deve continuar neste ano. Depois de subir 49% em 2015, o dólar continua com tendência de alta. Economistas ouvidos pelo boletim Focus, do Banco Central, projetam cotação de R$ 4,20 para a moeda em dezembro.

    Para ajudar os investidores a saberem o que esperar de 2016, a Folha reuniu as projeções de analistas do mercado financeiro e economistas sobre o que aconteceria com Bolsa, dólar e juros em quatro cenários: com Dilma Rousseff ou o vice Michel Temer na Presidência, e com ou sem avanço do ajuste fiscal.

    Projeções cenários com Dilma e Temer na presidência

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