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    Programa para renovar veículos pode sair do papel após 20 anos, diz Fenabrave

    EDUARDO SODRÉ
    EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"
    ROGÉRIO GERALDO
    DE SÃO PAULO

    06/01/2016 16h46

    Em pauta desde os anos 1990, o programa de renovação da frota de veículos finalmente será implementado, segundo a Fenabrave, federação que reúne as distribuidoras de veículos no Brasil.

    O programa, em elaboração com Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, deve ser finalizado até o fim deste mês, de acordo com a Fenabrave. A pasta não confirmou a informação.

    De acordo com Alarico Assumpção, presidente da entidade, a medida pode gerar um acréscimo de até 500 mil veículos novos vendidos por ano e ajudar na recuperação do setor, que teve queda de 26,6% nos emplacamentos em 2015.

    O foco é retirar de circulação, de forma gradativa, caminhões com mais de 30 anos de fabricação e veículos leves com mais de 15 anos.

    Os proprietários poderão repassá-los para as empresas participantes, que farão a reciclagem dos automóveis. Em troca, o cliente receberá uma carta de crédito para abater no valor de compra de veículos novos ou usados (com menos de 15 anos).

    De acordo com dados preliminares divulgados pela Fenabrave, está sendo criado um fundo, sem recursos do governo, para garantir o crédito destinado à renovação da frota.

    Caso seja implementado, o plano buscará atenuar a esperada queda nas vendas de veículos em 2016. A Fenabrave calcula que, sem a renovação da frota, as vendas deverão cair 5,9% no segmento de carros leves na comparação com 2015.

    LOJAS FECHADAS

    A queda nas vendas refletiu no varejo. Ao todo, 1.047 concessionárias foram fechadas em 2015. Outras 420 foram abertas, a maior parte ligada às novas montadoras que se instalaram no Brasil nos últimos dois anos.

    Esse desequilíbrio resultou em demissões. De acordo com a Fenabrave, 32 mil postos de trabalho foram encerrados nas lojas.

    A estimativa da entidade é que outras 500 unidades possam fechar no primeiro trimestre, caso o cenário econômico não se altere. Esse fato pode levar a 18 mil novas demissões.

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