• Mercado

    Friday, 17-May-2024 10:17:35 -03

    Sem acordo com Petrobras, Sete Brasil promove nova rodada de demissões

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    06/01/2016 17h30

    Alexandre Gentil/Divulgação
    ANGRA DOS REIS, RJ, BRASIL, 22-01-2014: Casco de sonda de perfuração da Sete Brasil, no estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ)
    Casco de sonda de perfuração da Sete Brasil, no estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ)

    Sem acordo com a Petrobras, a empresa de sondas Sete Brasil vai promover uma nova rodada de demissões, apenas quatro meses depois de anunciar a saída de 23 empregados.

    A Folha apurou que, desta vez, serão demitidos cerca de 80 funcionários da área administrativa, enxugando seu quadro de pessoal para cerca de 20 empregados.

    Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, a Sete Brasil confirma a desmobilização, mas evita falar em números.

    "A Sete Brasil tem adotado diferentes ações administrativas que visam à redução de custos em todas as áreas, e, paralelamente, vem buscando uma solução para a reestruturação de seu projeto. A desmobilização de pessoal é parte desse processo", limitou-se a dizer.

    Criada para gerir um portfólio de 29 sondas de perfuração de poços de petróleo, a Sete sofre os efeitos da Operação Lava Jato e da queda do preço do petróleo, que agravaram a crise da Petrobras.

    Sem recursos em caixa e impossibilitada de tomar empréstimo com o BNDES, a empresa deve hoje cerca de R$ 14 bilhões a analisa a possibilidade de entrar em recuperação judicial.

    A companhia ainda tenta convencer a Petrobras a manter o maior número possível de sondas na carteira de encomendas, para tentar recuperar parte dos R$ 8,3 bilhões investidos por seus controladores.

    Mas, com a queda dos preços do petróleo, a direção da estatal vem sinalizando que prefere buscar os equipamentos a preços mais baixos no exterior, mantendo com a Sete apenas os projetos que já tiveram a construção iniciada.

    A empresa tem como acionistas fundos de pensão Petros, Funcef, Previ e Valia (dos empregados da Petrobras, Caixa, Banco do Brasil e Vale), os bancos BTG Pactual e Santander, além de fundos de investimento e da própria Petrobras.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024