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    Produção de veículos pesados e carros cai 22,8% em 2015, diz associação

    EDUARDO SODRÉ
    EDITOR ADJUNTO DE VEÍCULOS

    07/01/2016 12h35

    A produção de carros novos e veículos pesados caiu 22,8% em 2015 na comparação com 2014, voltando ao nível de 2006. O encolhimento teve reflexo direto no número de funcionários empregados nas fabricantes de automóveis.

    Os cortes nas montadoras atingiram 14,7 mil trabalhadores ao longo do ano passado, o que representa uma redução de 10,2% na mão de obra. A conta inclui também as linhas de produção de máquinas agrícolas e implementos rodoviários.

    Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7) pela Anfavea, associação que representa as montadoras instaladas no Brasil.

    As fabricantes têm prorrogado as paradas na linha de produção que, em tempos de vendas em alta, eram restritas às férias coletivas. O ano começa com 5.100 trabalhadores em regime de "lay-off" (suspensão temporária do contrato de trabalho).

    De acordo com a Anfavea, há ainda 35 mil funcionários incluídos ou elegíveis para o PPE (Programa de Proteção do Emprego).

    Apesar de ter havido uma melhora nos negócios nas duas últimas semanas de dezembro, os estoques continuam elevados. Há carros suficientes para atender a 36 dias de vendas, uma redução de seis dias na comparação com o dado anterior, divulgado no início do mês passado.

    Indústria automobilística - Produção brasileira de autoveículos por ano

    PROJEÇÕES

    A associação das montadoras acredita que 2016 será mais um ano de queda nas vendas, e projeta retração de 7,5% nos licenciamentos.

    Contudo, a entidade prevê alta de 0,5% na produção, motivada pela recuperação do setor de veículos pesados e alta nas exportações neste ano, calculado em 8,1%.

    O resultado já foi positivo em 2015, quando 417 mil veículos enviados a outras países, com destaque para países da América do Sul e o México (alta de 24,8% no volume na comparação com 2014).

    "Estamos animados com a Argentina. A visão econômica adotada pelo novo governo deve colaborar com o aumento das exportações", disse Luiz Moan, presidente da Anfavea.

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