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    Dólar recua após subir 0,9% em dois dias, com alívio nas Bolsas chinesas

    DE SÃO PAULO

    08/01/2016 11h05

    Mark Wilson/AFP
    Depois de duas altas seguidas, dólar opera em queda nesta sexta-feira ainda de olho na China
    Depois de duas altas seguidas, dólar opera em queda nesta sexta-feira ainda de olho na China

    O dólar operava em queda sobre o real e outras moedas emergentes nesta sexta-feira (8), refletindo o clima mais ameno nas Bolsas da China, que subiram após o forte tombo da véspera.

    Os investidores continuam cautelosos, porém, antes da divulgação de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, prevista para 11h30 (de Brasília).

    Às 11h05, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 0,41%, para R$ 4,030 na venda. Nas duas últimas sessões, amoeda acumulou alta de 0,9%.

    Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, cedia 0,54%, a R$ 4,032. No mesmo horário, o dólar tinha desvalorização sobre 12 das 24 principais moedas emergentes do mundo.

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    NOTAS DE DÓLAR

    O Banco Central do Brasil dará continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação equivale a uma venda futura de dólares.

    As Bolsas da China subiram nesta sexta-feira, após Pequim ter suspendido o mecanismo de "circuit breaker" que paralisou as negociações duas vezes nesta semana,

    As vendas generalizadas de ativos na China endossaram avaliações de que o desaquecimento da segunda maior economia do mundo pode ser maior do que o anteriormente previsto.

    O temor provocou solavancos nas cotações de moedas emergentes e nos preços das commodities ao longo da semana, uma vez que a deterioração chinesa pode forçar o mercado a rever projeções.

    Ainda no exterior, os dados de mercado de trabalho referentes a dezembro nos Estados Unidos são aguardados com ansiedade.

    Os números podem dar pistas sobre o rumo da política monetária do Federal Reserve (banco central americano), depois que a autoridade deu início no mês passado a um ciclo de aumento de juros naquele país.

    Internamente, o mercado segue de olho nas discussões e propostas do governo brasileiro para retomar o crescimento econômico.

    Embora a fraca atividade limite as projeções de aumento do juro básico (Selic) no curto prazo, a inflação alta indica que ainda pode haver elevação da taxa para tentar conter o avanço dos preços no país.

    Nesta manhã foi divulgado que o IPCA, índice oficial de preços no Brasil, fechou 2015 com uma alta de 10,67%, bem acima do teto da meta do governo, de 6,5%.

    No mercado de juros futuros da BM&Bovespa, os contratos tinham sinais opostos às 11h05. O DI para abril de 2016 subia de 14,638% para 14,640%. Já o DI para janeiro de 2021 caía de 16,280% a 16,170%.

    RESPIRO DA BOLSA

    O principal índice de ações da Bolsa brasileira tinha um dia de alívio nesta sexta-feira, após ter afundado nas duas últimas sessões para seu menor nível desde 2009.

    Às 11h05, o Ibovespa subia 0,64%, para 40.955 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 400 milhões.

    O movimento refletia uma retomada nos preços das matérias-primas no exterior, como o petróleo, na esteira do clima mais ameno nas Bolsas chinesas.

    O barril de petróleo do tipo Brent —negociado em Londres e referência no setor—, por exemplo, avançava mais de 1% nesta sessão, após ter tombado nos últimos quatro dias e atingido seu menor valor em mais de 11 anos.

    As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, tinham valorização de 2,55% às 11h05, para R$ 6,42 cada uma. Na véspera, esses papéis atingiram seu menor valor desde 2003. Já as ações ordinárias da estatal, com direito a voto, mostravam alta de 2,17%, a R$ 8.

    Também no azul, a Vale via sua ação preferencial subir 1,50%, a R$ 8,74, enquanto a ordinária tinha ganho de 1,83%, a R$ 11,11. Ambas caíram na véspera para seu menor valor em mais de 11 anos.

    O ganho do setor bancário nesta sexta-feira ajudava a sustentar o bom desempenho do Ibovespa na sessão. Este é o segmento com a maior participação dentro do índice. Às 11h05, subiam o Itaú (+1,33%), o Bradesco (+0,81%) e o Banco do Brasil (+1,36%).

    Folhainvest

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