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    Greve de médicos do INSS impede 2 milhões de perícias em 4 meses

    LEDA ANTUNES
    VANESSA SARZEDAS
    DO "AGORA"

    08/01/2016 17h10

    Lalo de Almeida - 9.out.2015/Folhapress
    Idosos aguardam atendimento em agência do INSS no centro de São Paulo
    Idosos aguardam atendimento em agência do INSS no centro de São Paulo

    A greve dos médicos peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) completou quatro meses na última segunda-feira (4), com mais de 2 milhões de perícias não realizadas, segundo dados da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social).

    De acordo com a associação, a cada dez perícias, sete benefícios por incapacidade são concedidos. Por isso, ao menos 1,4 milhão de pedidos de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez não foram aprovados desde o início da paralisação no dia 4 de setembro.

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    Na estimativa do INSS, no total cerca de 1,3 milhão de perícias não foram realizadas e 818 mil pedidos de benefício estão represados em função da greve. O tempo médio de espera para agendar uma perícia passou de 20 dias para 80 dias.

    SEM ACORDO

    A greve mais longa da categoria ainda não tem previsão para acabar e as negociações com o governo não avançaram nos últimos dias.

    Contribuição previdenciária

    A última proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento foi rejeitada pelos peritos em dezembro.

    A pasta informou que o único ponto de discordância foi a exigência dos médicos para a redução da jornada de trabalho, de 40 horas para 30 horas semanais, sem perda de remuneração.

    "O governo até concorda com a redução, mas propõe que isso ocorra em um contexto de reestruturação da carreira", informa o órgão.

    "Não há previsão de reunião com o governo, nós vamos manter a greve", afirma o vice-presidente da ANMP, Luiz Carlos Argolo.

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