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    Bancos dão mais prazo para Sete Brasil pagar dívida

    JULIO WIZIACK
    DE SÃO PAULO

    12/01/2016 02h00

    Alexandre Gentil/Divulgação
    ANGRA DOS REIS, RJ, BRASIL, 22-01-2014: Casco de sonda de perfuração da Sete Brasil, no estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ)
    Casco de sonda de perfuração da Sete Brasil, no estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ)

    Os bancos credores da Sete Brasil, empresa que alugaria sondas de exploração do pré-sal para a Petrobras, reuniram-se nesta segunda (11) e decidiram dar mais prazo para a companhia pagar sua dívida de R$ 14 bilhões que venceu no final de 2015.

    Até o fechamento desta edição, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e Santander discutiam se dariam mais 90 dias ou até 120 dias de prazo.

    Essas instituições concordaram em esticar de novo o prazo porque a Sete pode aprovar um pedido de recuperação judicial em uma assembleia geral marcada para quinta-feira (21). Os bancos acreditam que a Petrobras apresentará alguma proposta à Sete antes disso.

    Os credores apostam que a estatal aceitará alugar sondas da Sete, mas um número menor de equipamentos —em vez de 14, seriam 6.

    CENÁRIOS

    Os principais sócios da Sete —os bancos BTG Pactual, Bradesco e Santander, os fundos de pensão estatais Petros, Previ, Funcef, Valia e o fundo FI-FGTS pensam em entrar com o pedido de recuperação. A Petrobras também é sócia.

    Nos bastidores, os acionistas não acreditam mais que a estatal vá apresentar uma proposta firme. Mas, caso a oferta seja feita, como esperavam os credores, os sócios devem aceitá-la.

    Com menos sondas seria possível quitar as dívidas e recuperar parte do capital investido. Para os sócios, seria melhor do que correr o risco de ver a companhia ir à falência caso o pedido de recuperação seja aceito pela Justiça.

    A decisão de entrar com um pedido de recuperação é dos acionistas da Sete. Para os credores, esse é o pior cenário porque eles seriam os mais prejudicados.

    Em um processo de recuperação judicial, a empresa em dificuldade negocia descontos agressivos na dívida para que possa se reestruturar. Caso a Sete ganhe sobrevida, eles receberiam a dívida integralmente mas o prazo seria maior.

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