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    Governo estuda novas linhas de crédito para exportadores

    VALDO CRUZ
    EDUARDO CUCOLO
    DE BRASÍLIA

    12/01/2016 02h00

    O governo estuda criar linhas de crédito e ampliar as atuais em bancos públicos para financiar capital de giro para exportadores.

    A medida foi apresentada nesta segunda-feira (11) à presidente Dilma Rousseff pelo ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Ela deu sinal verde para sua equipe estudar a proposta.

    Armando Monteiro afirmou à Folha, antes de se reunir com a presidente, disse que a operação não deve envolver subsídios do Tesouro nem comprometer o ajuste.

    Segundo ele, a proposta é utilizar recursos disponíveis nos bancos públicos, como Banco do Brasil e BNDES, para "impulsionar uma área que já está melhorando o ritmo da economia".

    Monteiro apontou que, neste ano, o superavit da balança comercial deve saltar de US$ 19,7 bilhões no ano passado para US$ 35 bilhões.

    Uma das propostas é corrigir estes financiamentos pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), hoje de 7,5% ao ano, mais taxa adicional.

    Segundo a Folha apurou, Dilma já determinou ao ministro Nelson Barbosa (Fazenda) e a Armando Monteiro que se reúnam com presidentes de bancos públicos nos próximos dias para formatar uma proposta.

    MICROEMPRESAS

    Para as micro e pequenas empresas, a proposta que está na Fazenda prevê financiamentos para capital de giro no valor de até R$ 30 mil.

    Os recursos serão do BNDES, com TJLP mais um adicional. O custo total ficaria limitado a 15% ou 18% ao ano. Seriam beneficiadas empresas do Simples Nacional, com faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano.

    Autor da proposta, o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, afirmou que o BNDES pode cobrar taxas inferiores às do mercado, em torno de 80% ao ano.

    Para isso, no entanto, é necessário também utilizar fundos garantidores que permitam cobrir parte do risco da operação.

    Inicialmente, Afif propôs utilizar parte dos depósitos compulsórios (recursos que os bancos são obrigados a depositar no Banco Central) como fonte desse crédito, mas encontrou a oposição da equipe econômica, pois isso iria na contramão do processo de combate à inflação.

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