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    Usiminas mantém plano de demitir 4.000 funcionários em Cubatão

    DA REUTERS

    15/01/2016 13h32

    A Usiminas mantém plano de demitir cerca de 4.000 funcionários de sua usina siderúrgica em Cubatão (SP) e paralisar atividades de produção de aço da unidade, informou o sindicato de metalúrgicos da região nesta sexta-feira (15).

    Após reunião de cinco horas nesta quinta (14), intermediada pelo Ministério Público, empresa e sindicato não chegaram a um acordo para evitar demissões e paralisação da produção de aço, disse o presidente do Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista, Florêncio Rezende de Sá.

    "A Usiminas trabalha só com a hipótese de demissão... A gente está buscando uma solução para a empresa manter as operações e não demitir", disse Sá.

    Maior produtora de aços planos do Brasil em capacidade instalada, a Usiminas anunciou no fim de outubro que iria desativar temporariamente atividades de produção de aço da usina de Cubatão, mantendo as de laminação. A empresa citou na ocasião o cenário de fraqueza da economia e a deterioração dos preços da liga nos mercados internacionais entre os motivos para a decisão.

    Antônio Gaudério - 8.set.2006/Folhapress
    Aciaria da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda (RJ)

    Na quarta-feira (13), a rival CSN decidiu parar o processo de demissão de sua usina em Volta Redonda (RJ). A CSN demitiu 700 funcionários de um total de cerca de 3.000 que poderiam ser cortados segundo o sindicato local, mas não informou qual será o destino do alto-forno 2.

    Segundo Sá, a Usiminas informou que as demissões em Cubatão vão ocorrer entre esta 15 de fevereiro e 15 de março.

    A Usiminas confirmou que mantém seu plano de desligamento do alto-forno de Cubatão e paralisação das atividades primárias da usina por tempo indeterminado, com demissões de funcionários.

    "A empresa apresentou ao sindicato sua proposta final, um pacote de benefícios aos trabalhadores que excede o previsto em lei, mas o sindicato não aceita discutir as demissões", informou um representante da companhia.

    A oferta previa manutenção de planos de saúde e odontológico por 3 a 6 meses, prioridade na recontratação quando os equipamentos forem reativados e remanejamento interno de alguns profissionais para outras áreas da usina, além de cursos de recolocação profissional.

    O presidente do sindicato afirmou que, após o fracasso da reunião da quinta, a diretoria da entidade vai se reunir na segunda-feira (18) para definir a estratégia a ser tomada.

    "Não está descartada chamada para paralisação (dos trabalhadores). Vamos ver como podemos fazer uma resistência", disse ele.

    Após um problema que danificou equipamentos, o alto-forno da Usiminas em Cubatão que será parado completa nesta sexta-feira duas semanas sem produzir.

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