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    Fundo árabe compra hotel Glória de Eike Batista, no Rio de Janeiro

    BRUNO VILLAS BÔAS
    DO RIO

    19/01/2016 12h44

    Ricardo Borges/Folhapress
    Hotel Glória, no centro do Rio de Janeiro
    Hotel Glória, no centro do Rio de Janeiro

    O Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, acertou a compra do hotel Glória do empresário Eike Batista, segundo informou um dos advogados do ex-bilionário.

    O valor da operação não foi revelado. Segundo a fonte, Eike tem no futuro o direito de recomprar uma parte do hotel por aproximadamente US$ 40 milhões.

    A operação fez parte de uma grande negociação de Eike com o fundo soberano, o que incluiu ações em empresas como OGX (petróleo), MMX (mineração), OSX (estaleiro) e CCX (carvão).

    Como a Folha mostrou no início do mês, o fundo suíço Acron, especializado em investimentos imobiliário, havia desistido de comprar o hotel e finalizava o distrato de compra no fim do ano passado.

    O fundo se queixava a interlocutores sobre a crise econômica, impactos do setor de petróleo no Rio e mesmo um suposto desinteresse de Eike em levar a sociedade adiante.

    O empresário teria atrasado procedimentos legais para a conclusão da venda do hotel, como emissão de certidões. Isso afetou o cronograma de inauguração do hotel. cujas obras estão paradas desde 2013.

    O motivo do atraso era o interesse do fundo soberano de Abu Dhabi em assumir o hotel, como parte da negociação das dívidas do empresário. Isso interessava a Eike. A negociação, porém, emperrou na discussão de valores.

    Fundado em 1929, o hotel Glória foi adquirido em 2008 pela REX, braço imobiliário do grupo EBX, de Eike Batista, por cerca de R$ 80 milhões. O hotel seria um dos "megaprojetos" da revitalização do Rio.

    A meta era reformar o hotel a tempo de reinaugurá-lo para Copa de 2014. Mas, com a crise do grupo X, a reforma foi paralisada. O hotel também não ficará pronto para a Olimpíada de 2016.

    Em fevereiro de 2014, Eike anunciou a venda do hotel para o Acron por R$ 225 milhões. Em novembro do mesmo ano, os suíços reformularam o contrato para atrair o empresário de volta ao empreendimento.

    Com a reforma parada, o Glória chegou a virar um foco do mosquito Aedes aegypti, vetor dos vírus da dengue e zika. Em novembro, agentes da Prefeitura eliminaram focos do mosquito do canteiro.

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