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    Fundo de pensão da Petrobras veta recuperação judicial da Sete Brasil

    DAVID FRIEDLANDER
    JULIO WIZIACK
    DE SÃO PAULO

    19/01/2016 18h03

    Alexandre Gentil/Divulgação
    Casco da primeira sonda de perfuração da Sete Brasil, no estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ)
    Casco da primeira sonda de perfuração da Sete Brasil, no estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ)

    Defendida pela maior parte dos acionistas da Sete Brasil, a proposta de levar a empresa de sondas à recuperação judicial foi vetada pelo fundo de pensão Petros (da Petrobras) em reunião dos sócios nesta terça-feira (19).

    Eles decidiram que uma nova reunião para discutir o assunto será realizada dentro de 30 dias.

    A companhia está praticamente quebrada, tem uma dívida total de cerca de R$ 17 bilhões e apostava na recuperação judicial para forçar a Petrobras a assinar os contratos de aluguel das sondas que seriam fornecidas pela Sete.

    Para ser aprovada, a proposta precisava do voto de 85% dos cotistas do FIP Sondas, fundo de investimento formado bancos e fundos de pensão, que controla a Sete. Com 18% das cotas, a Petros foi a primeira a se manifestar e votou contra.

    O banco Santander também foi contra. Outros dois acionistas, a Petrobras e o FI- FGTS (fundo de investimento administrado pela Caixa Econômica Federal) se abstiveram de votar declarando conflito de interesse.

    Criada para gerir um portfólio de 29 sondas de perfuração de poços de petróleo, a Sete sofre os efeitos da Operação Lava Jato e da queda do preço do petróleo, que agravaram a crise da Petrobras.

    Na semana passada, os bancos credores da Sete Brasil decidiram dar mais prazo para a companhia pagar sua dívida de R$ 14 bilhões com eles, que venceu no final de 2015. Essas instituições concordaram em esticar de novo o prazo na expectativa de que a Sete pudesse aprovar um pedido de recuperação judicial. Os bancos acreditavam que a Petrobras apresentaria alguma proposta à Sete.

    Os credores apostavam que a estatal aceitaria alugar sondas da Sete, mas um número menor de equipamentos -em vez de 14, seriam 6. Com menos sondas seria possível quitar as dívidas e recuperar parte do capital investido.

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