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    Queda do petróleo leva empresa criada por Eike a interromper produção

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    19/01/2016 21h22

    A Óleo e Gas Participações (OGPar, ex-OGX), criada pelo empresário Eike Batista, anunciou nesta terça (19) que pretende interromper as operações do campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, em função da queda do preço do petróleo.

    A companhia, que está em recuperação judicial, informou que solicitou à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) a "interrupção temporária" da produção. Em dezembro, o campo produziu uma média de 8.581 barris de petróleo por dia.

    Segundo comunicado oficial, a medida foi baseada "nas atuais adversidades do setor de petróleo", na frustração de expectativas com relação à produtividade do campo e nos elevados custos de aluguel da plataforma.

    "A paralisação do campo de Tubarão Martelo por até um ano permitirá que a companhia possa, durante este período, avaliar a melhor maneira de retomar a produção", diz o texto.

    Em agosto do ano passado, a companhia já havia anunciado a paralisação de outro projeto, o campo de Tubarão Azul, também por frustração com a qualidade das reservas. O projeto já vinha apresentando resultados negativos diante da queda das cotações até aquele momento.

    No terceiro trimestre de 2015, último resultado disponível, o campo de Tubarão Martelo também teve fluxo de caixa negativo, de R$ 57,1 milhões.

    Com a paralisação do campo, a companhia deixa de produzir definitivamente, mantendo em seu portfólio atividades exploratórias e o desenvolvimento dos campos de Atlanta e Oliva, na Bacia de Santos, em parceria com a Barra Energia e a Queiroz Galvão.

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