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    Mercados emergentes devem ter fuga de capital de US$ 448 bi neste ano

    DA REUTERS

    20/01/2016 09h31

    Carlos Severo/ Fotos Públicas
    Emergentes devem ter fuga de capital em 2016
    Emergentes devem ter fuga de capital em 2016

    Após alguns anos difíceis, os títulos e ações de mercados emergentes estão a caminho de outro ano de fuga de capitais provocada pela desaceleração do crescimento global e endividamento corporativo, de acordo com o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).

    Os mercados emergente registraram saída líquida de capital de US$ 735 bilhões em 2015, mais do que o esperado, ante US$ 111 bilhões em 2014. A expectativa é de que tenha em 2016 saídas, incluindo erros e omissões, de US$ 448 bilhões, de acordo com relatório do IIF divulgado nesta quarta-feira.

    O grupo afirmou que fortes saídas da China, que refletem preocupações com a moeda e crescimento, são o principal fator por trás das perdas em 2015. A China teve fuga de US$ 676 bilhões em 2015, de acordo com o IIF.

    "Mas a fraqueza vai bem além da China já que temos visto uma fuga persistente de capital de portfólios de uma ampla faixa de mercados emergentes, com os investidores cada vez mais preocupados com as perspectivas de crescimento e alto endividamento corporativo", disse o diretor-gerente e economista-chefe do IIF Charles Collyns.

    A organização afirmou que Brasil, Turquia e África do Sul são alguns dos países mais vulneráveis à contínua redução nos mercados emergentes devido à fraqueza na política macroeconômica, altos níveis de dívidas corporativas em moeda estrangeira e significativos déficits de conta corrente.

    Há alguns países bem posicionados como Índia e México. Mas com os temores sobre a China e recessão pelo segundo ano seguido no Brasil e na Rússia, muitos temem que os retornos de investimentos não devem se recuperar em breve.

    RECESSÃO GLOBAL

    Na terça-feira (19), o FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgou relatório que indica que a recessão no Brasil será um dos principais fatores para o desempenho abaixo do esperado que a economia global deve ter em 2016.

    O Fundo cortou a expansão mundial neste ano para 3,4%, 0,2 ponto percentual a menos que nas projeções de outubro. No caso do Brasil, o corte foi bem mais agudo. De acordo com o FMI, a economia do país recuará 3,5% em 2016, baixa de 2,5 pontos percentuais em relação ao relatório anterior.

    A esperança de retomada do crescimento brasileiro, que nas previsões de outubro do FMI aconteceria em 2017, foi adiada para 2018, último ano do governo Dilma Rousseff. No ano que vem, estima o Fundo, o Brasil sairá do vermelho, mas terá expansão zero, uma piora de 2,3 pontos percentuais em relação à previsão de outubro.

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