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    Governo prevê inflação de 6,5% neste ano, diz Nelson Barbosa

    MARIA CRISTINA FRIAS
    ENVIADA ESPECIAL A DAVOS

    22/01/2016 02h00

    "Vamos estabilizar o nível de atividade econômica no terceiro trimestre e voltar a crescer no quarto trimestre", disse Nelson Barbosa, ministro da Fazenda, nesta quinta-feira (21) em Davos, no Fórum Econômico Mundial.

    Para fechar o ano com queda de 3,5% do PIB, como previu o FMI, o Brasil tem de estabilizar a economia por um período, caso recue esse percentual no primeiro semestre. Se isso não ocorrer, a queda poderá ser ainda maior.

    O ministro afirmou que o governo trabalha para que a inflação seja de 6,5% neste ano. O mercado projeta ao IPCA em 7% para 2016.

    As estimativas oficiais estão sendo revisadas e os novos números deverão ser divulgados em fevereiro, junto com o decreto de contingenciamento do Orçamento, segundo Barbosa.

    O ministro voltou a afirmar que o BC tem autonomia para decidir a taxa de juros como "achar adequado". Na quarta, o Copom manteve a taxa de juros da economia, a Selic, em 14,25% ao ano.

    BANCOS PÚBLICOS

    Questionado por jornalistas, ele disse que o uso de bancos públicos para fomentar o crédito em alguns setores da economia não é uma medida que contraria princípios estabelecidos.

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    "Não vejo nada de heterodoxo nisso, pelo contrário, é dever do governo", disse. "A questão é ter eficiência ou ineficiência."

    O ministro contou que investidores em Davos sugeriram a criação de uma agência que seja, conforme definiu, uma "one stop shop", que permita que o interessado em investir no Brasil obtenha informações em um único local.

    "Já temos a Apex e a ABDI, mas elas podem ser reformuladas. Estamos em fase de ajuste e não queremos, obviamente, criar mais um órgão público", afirmou.

    "É uma decisão do Ministério do Planejamento de revisar essa estrutura e do Ministério da Indústria e Comércio. Vou levar a sugestão."

    De estrangeiros, contou ter ouvido ainda que muitos pretendem manter seus investimentos e que pensam no longo prazo. A maior reclamação é do sistema tributário, segundo disse.

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