RESPOSTA DE MICHAEL VIRIATO, PROFESSOR DO INSPER E CERTIFIED FINANCIAL PLANNER - Embora para o curto prazo a caderneta de poupança apareça na mente da maioria dos investidores como o melhor veículo conservador, a alternativa já deveria ter sido esquecida. A aplicação não tem conseguido repor a inflação e tudo indica que isso continuará em 2016.

Para selecionar a aplicação mais vantajosa, deve-se considerar três fatores: a destinação dos recursos, o horizonte de investimento e o risco. O primeiro elemento a definir para iniciar um programa de investimento é a destinação dos recursos ou objetivo. Assim será possível escolher o investimento adequado. Quem pretende viajar para o exterior deve se preocupar em investir em fundos cambiais para se proteger da variação da moeda. Quem pretende reformar a casa deve se preocupar com a variação da inflação e comprar ativos que o protejam da corrosão do poder de compra.

Recomenda-se evitar a compra de ativos com vencimento posterior a data de utilização dos recursos. Eles podem gerar perdas financeiras quando vendidos antes de seu vencimento. Não é adequado investir em Bolsa se o tempo para recuperar perdas financeiras for menor que cinco anos.

Assim, para quem pretende reformar a casa em dois anos os produtos mais adequados seriam fundos de investimento referenciados à inflação ou títulos públicos (Tesouro IPCA) com vencimento de curto prazo. Os títulos públicos podem ser adquiridos na plataforma do Tesouro Direto e os fundos de investimento, por meio de bancos e corretoras.