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    Cade faz intervenção inédita em postos de combustível investigados por cartel

    ISABEL VERSIANI
    DE BRASÍLIA

    25/01/2016 19h10

    Apu Gomes/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 07-11-2014, 10h00: AUMENTO PRECO COMBUSTIVEL. Funcionario de posto de combustivel na Avenida Embaixador Macedo Soares (Marg.Tiete), em Sao Paulo, alteracao tabela de preco de combustivel apos governo aumentar em 3 porcento o valor da gasolina e diesel nas refinarias. (Foto: Apu Gomes/Folhapress, Mercado ) *** EXCLUSIVO***
    Ajuste em posto de gasolina; Cade nomeou um interventor para administrar os postos

    O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) determinou nesta segunda-feira (25) a nomeação de um interventor para administrar postos da maior rede de revenda de combustível do Distrito Federal por um período mínimo de seis meses.

    A Cascol, que detém cerca de 30% dos postos do DF, é uma das empresas de venda de combustíveis investigadas pelo Cade por suposta formação de cartel.

    A empresa terá 15 dias para apresentar uma lista de cinco possíveis interventores -pessoa física ou jurídica- ao conselho, a quem caberá escolher o administrador provisório que ficará responsável pela gestão dos postos com bandeira BR da Cascol.

    Em nota, a Cascol afirmou que pretende tomar medidas judiciais e administrativas para cassar a decisão do Cade. A empresa disse, ainda, que uma decisão da 3ª Vara Cível de Brasília já estabeleceu um teto para sua margem de lucro com a venda de combustível.

    Essa é a primeira vez que o Cade adota a medida preventiva da intervenção durante uma investigação de cartel. Segundo o superintendente do órgão, Eduardo Frade, a iniciativa se justifica porque a atuação dos postos no DF "tem se mostrado excepcional".

    A partir das investigações do Cade, a Polícia Federal deflagrou em novembro uma operação de busca e apreensão nas empresas de revenda de combustíveis do DF. Alguns empresários foram presos temporariamente.

    Frade afirmou que, depois da operação, o Cade continuou monitorando os preços nos postos e detectou um reajuste simultâneo e em patamares idênticos nos postos após um aumento da tributação do combustível no DF.

    "Houve um acirramento das práticas de cartelização", disse o superintendente.

    O Cade espera que o interventor administre a Cascol de forma independente do suposto cartel e eventualmente promova redução de preços. O prazo de seis meses da intervenção pode ser renovado.

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