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    Bolsa cai ao menor patamar desde 2009 pressionada por Petrobras e JBS

    DE SÃO PAULO

    26/01/2016 19h17

    Com impacto da desvalorização de mais de 4% das ações da Petrobras e de 7% da JBS, a Bolsa brasileira fechou em queda nesta terça-feira, apesar do otimismo externo com a recuperação do petróleo. O Ibovespa, principal índice, caiu 1,4%, para 37.497 pontos —o menor patamar desde março de 2009.

    O tombo de 7,33% nos papéis do Grupo JBS, que fecharam o dia a R$ 9,86, refletiu a denúncia do Ministério Público a nove pessoas ligadas ao grupo J&F (a holding que controla a processadora de carnes) e ao Banco Rural. Os executivos são acusados de fraude contra o SFN (Sistema Financeiro Nacional.

    Já a Petrobras corrigiu a desvalorização de ADRs (recibos de ações negociados nos Estados Unidos) registrada na segunda-feira (25). Ontem, quando a Bolsa brasileira ficou fechada devido ao feriado de aniversário da cidade de São Paulo, os principais mercados mundiais registraram queda.

    As ações preferenciais da estatal (mais negociadas) recuaram 4,30%, para R$ 4,22. Os papéis ordinários (com direito a voto) cederam 3,22%, para R$ 6,01 nesta terça.

    Nem mesmo a alta nas cotações do petróleo foi suficiente para trazer alívio para a Petrobras. Após cair 5,55% na sessão anterior, o Brent (referência mundial para a commodity) avançou 3,57% nesta terça, para US$ 31,59. O petróleo WTI (referência no mercado americano) ganhou 3%, a US$ 31,25 o barril.

    As Bolsas americanas operavam em alta nesta terça e as europeias fecharam com valorização, após baixas registradas na segunda-feira. A Bolsa de Xangai fechou em queda de 6,38%, em consequência das vendas em massa em um clima de pânico geral que as novas injeções de liquidez do Banco Central chinês não conseguiram acalmar.

    DÓLAR

    A moeda norte-americana fechou o dia em queda, com algum otimismo externo vindo da recuperação do petróleo. Considerando uma cesta de 24 moedas emergentes, o dólar perdeu para 16 delas.

    O dólar à vista (referência para o mercado financeiro) encerrou o dia em baixa de 0,80%, a R$ 4,0578, enquanto o comercial (usado em comércio exterior) terminou a R$ 4,069, queda de 0,67%. No início do pregão, a moeda americana chegou a registrar valorização, atingindo a máxima de R$ 4,124 na cotação comercial.

    JUROS

    Os juros futuros também encerram o dia em queda, em meio à expectativa pela ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que será divulgada na quinta-feira. O mercado espera o documento para entender o que levou o Copom a manter os juros em 14,25%, contrariando a sinalização de alta.

    A taxa para janeiro de 2017 caiu de 14,850% para 14,730%. A taxa para janeiro de 2021 teve queda mais acentuada e passou de 16,610% para 16,370%.

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